sábado, 18 de dezembro de 2010

Voltei

Numa vegetação anormal, mas voltei.

Desde o dia 25 de julho ao rabisco por aqui. Quantas coisas ocorreram neste período.

Do céu ao inferno, do inferno ao céu, várias vezes foi o meu caminho nesse tempo. De alegrias e emoções alucinantes, a presenciar até um suicida, em uma das manhãs mais inimagináveis na minha vida.

Tão cedo esquecerei aquela manhã do dia 31 de agosto de 2010 no edifício Graciela na cidade de Passos, não lembro o número do apartamento, onde fui o 3º a presenciar a triste cena de um funcionário da justiça morto, jogado no chão, cheio de coisas estranhas em volta. Isso 2 dias depois de estar reunido dos amigos em um rancho comemorando meu aniversário do dia 28. Isso uma semana depois de conversar rapidamente com a vítima na saída do corredor do meu apartamento, junto da amável sindica “Dona Lulu” (saudade dessa velhinha).

Período que mais uma vez tive êxido na campanha eleitoral de um candidato que trabalhei. Experiências como sempre não faltaram. E jamais imaginei que 20 anos depois, Passos viria eleger um deputado estadual e eu estaria trabalhando na campanha na parte jornalística. E que fique bem claro, já recebi o que tinha que receber, portanto, não tenho rabo preso com político algum. Inclusive falarei mal, denunciarei se for o necessário.

No tempo que do Blog me afastei, senti o peso de uma decisão. Assumir um evento grande e em parceria. Vi o quanto o ser humano é extremamente maluco (no pior sentido).

Mas ao mesmo tempo, enxerguei o quanto existem pessoas verdadeiras do meu lado.

Assim, como na estréia deste blog, se eu não me enganei, no terceiro ou quarto post (2008) eu terminava um ano mal. E este não está diferente. Apesar quê na questão sentimental dês
ta vez, não tenho do que reclamar. Porém, o profissional agora é que capenga. Está sem rumo. Com mil alternativas para seguir. Porem, nem no tranco ele está funcionando.

E quando funciona, o problema é na direção, que sempre vira para o caminha errado.

Talvez voltar a escrever por aqui, já seja um sinal de atitude. Algum sinal de que a coisa vai começar a caminhar e não ficar na lamentação que me domina em dias atuais.


Ps: perdão pelos erros de português. Mas estou sem saco para corrigi-los

domingo, 25 de julho de 2010

Pausa

Devagar, quase parando. Assim está o blog. Hora então de um pit stop para alguns ajustes.

Não sei exato quanto voltarei aqui, pois vai depender da minha “mecânica” Nanda do www.pitadadenanda.blogspot.com, que terá em mãos esta bagaça para fazer mudanças por aqui.

Retornarei de layout novo e espero que com gás renovado também, para mantê-lo sempre atualizado como era no início.

Capricha aí Nandinha louca!!!

E antes der ir para os boxes, um texto falando de um comentarista de Fórmula 1, escrito pelo diplomado jornalista Felipe Campelo, que tive a honra de presenciar seu 10 no Trabalho de Conclusão de Curso no ano passado.

Enquanto mudamos as parafernálias daqui, continuo rabiscando virtualmente através do mini blog. www.twitter.com/vanildomarley.


Luciano Burti, comentarista desportivo da Rede Globo em corridas de Fórmula 1 é um exemplo de bom jornalismo. Sua postura é incomparável mesmo com profissionais da área com muito mais anos de experiência. Detalhe, Burti não é jornalista, não tem diploma. Isso, porém, não o impediu de dar mostras de uma excelente atuação ética e profissional diante de um caso polêmico, no GP da Alemanha. Explico: devido ao seu conhecimento técnico das corridas e, provavelmente, pela fluência no inglês, cabe a ele a tradução das conversas pelo rádio entre piloto e equipe. Diante de alguns casos em que ele não consegue entender completamente a conversa ele prefere não “chutar” ou ficar especulando sobre o que foi dito, ao contrário do que fariam jornalistas “diplomados”, ávidos em dar notícias em primeira mão (mesmo quando a emissora para quem trabalham tem exclusividade nas transmissões). O piloto e comentarista sabe, ainda que intuitivamente, alguns princípios básicos do Jornalismo, como checar as informações. Mais do que isso, Burti reconhece suas limitações e deixa claro isso para os telespectadores, o que, ao contrário de reduzi-lo como profissional, eleva seu respeito diante ao público. Ele também é firme em suas convicções quando sabe do que está falando, mas sempre de maneira educada.


Tal fato me fez refletir novamente sobre a obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo, principalmente quanto a um dos pontos cruciais da argumentação dos defensores da qualificação, a ética. Estudantes, professores, jornalistas, enfim, aqueles interessados na exigência do canudo, defendem que sem as aulas de Jornalismo não haveria mais profissionais sem ética e menos ética na profissão, como se fosse possível ensiná-la apenas na universidade. Acontece que exemplos de jornalistas formados extravasando claramente mesmo os limites do bom-senso aparecem a todo instante. Difícil mesmo é achar o contrário, e quando uma pessoa, que não é jornalista, dá exemplos tanto de ética quanto de profissionalismo, fica mesmo complicado acreditar que o diploma seja mesmo tão necessário quanto dizem.



Ps: o texto foi encaminhado sem título e respeitando a originalidade não coloquei um por minha conta. Seria desleal, melhor assim.


Outra Ps: concordo com o autor em relação aos canudos para jornalistas. Fala-se muito da faculdade para adquirir ética. Mas ética: primeiro vem de berço e depois o ser humano aprende e desaprende onde bem entender. Uma escola apenas não resolve isso. E acredito que nem ajude muito.


Última Ps: Felipe Campelo é jornalista formado pela UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais) Campus de Passos e blogueiro. Acessem: www.triplosentido.com


sábado, 10 de julho de 2010

Já Passou a Ilusão



Tanta expectativa e, tudo se foi para o bueiro. Pois é, a Copa do Mundo acaba neste domingo. É como orgasmo: tem aquele tesão, aquela coisa fervorosa e de repente em poucos segundinhos: acabou, acabou, acabou (eu lembro disso de algum lugar).


Sem falar que nas últimas duas, nossa gozada foi bem precoce. Já que caímos nas quartas de final, deixando os adversários gozarem na nossa cara.


No segundo tempo do último jogo inclusive, tomamos um chá daqueles, tendo a sensação de sermos ruins de cama. Inclusive (de novo), entraram duas bolas, em duas cabeçadas. Confessemos: doeu, doeu e doeu muito.


É bem mais prazeroso quando a nossa bola entra. Ou as nossas bolas entram.


E em 2006 contra a França? Podemos dizer que broxamos e nem iniciamos o ato.


A sensação é que fica depois que a Seleção Brasileira é eliminada, é mais ou menos aquela de desejar comer tal mulher e saber que é o fulano que ta saboreando a gostosa. E você fica só secando a fulana nas baladas e desejando que o cara que ta pegando se ferre. Foi assim este ano depois que perdemos para a Holanda, no outro dia estávamos fervorosos na torcida para que a Argentina ficasse de quatro. E deu certo!


Foi tão bom quanto ver aquela delicia de mulher que você tanto deseja pegar, quando sabe que ela não está mais acompanhada. Sabe que não vai pegar, mas sabe que o fulano também não come mais. Ao menos por um determinado tempo.


Ou também tem aquela sensação de festa que você espera muito chegar e quando chega, logo acaba. E fica a impressão de que não foi tudo aquilo que esperava. A não ser quando se pega uma garota linda, aí à balada pode ter sido péssima para todos, mas para a gente foi a melhor festa do mundo.


E por mais uma Copa, assim será para o Brasil. Uma péssima festa.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Procurando "Resposta"



Mais uma promessa não cumprida aqui no blog. Muitas coisas na viagem e no show do Skank no Mineirão que fiquei de contar e nada. Mas mando aí um resumo que define bem tal momento que tranquilamente qualquer um que presenciou definirá como: histórico, inesquecível ou algo do tipo. Que ainda tive o privilégio de vivenciar com dois grandes chapas: Daltinho e Jeovani (é com j mesmo).



Enfim um tempinho para postar.

Nem sei por onde começar.

Primeiramente seria bom eu parar com essa mania de fazer texto para rimar.

Até porque à criatividade uma hora vai acabar.

E aí vai ser complicado de isso eu terminar.

Prometi muitas coisas e nem cumpri.

Como sempre faço por aqui.

Só sei que agora é que a ficha está caindo.

O show do Skank no Mineirão foi simplesmente lindo.

No meio da multidão fiquei sem reação.

Lembrando da infância, quando era um “pacato cidadão”.

E “ali” eu estava sem entender.

Os “mil acasos” que não aconteceram e talvez nem vão acontecer.

De alguma “balada do amor inabalável”.

Fazendo a "canção noturna” também se tornar inexplicável.

Lembrei de "amores imperfeitos".

E não estava com a "presença" do amor inexistente de defeitos.

Precisei de “esmola” para pagar a “saideira”.

Mas o “beijo e a reza” da indefectível "garota nacional" me curaram da bebedeira.

“De repente” fiquei louco pela “Jaqueline” e para a fossa queria uma “tequila”

Vi que “ainda gosto dela” bem mais que a "Ana Júlia” e a “Camila”.

“Sutilmente” percebo que vivi e sonhei.

Aquele espetáculo onde vi “a banda tocar”.

E foi bem melhor do que vê-la passar.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

...??!!

E a Copa começou. E eu nem terminei de pagar as contas. E o Brasil ganhou. E eu vi muitas pessoas tontas. Eu era uma delas. Preferi o álcool invés das vuvuzelas.

O choro triste e feliz da Dona Lulu já é memória eterna. Pois o sofrimento pessoal me dá pena. Aquele abraço de vó por opção comoveu. E o choro final foi contente porque o Brasil venceu.

É ilusão e eu sei disso. Chamam futebol de lixo. E de fato não é tão mentira. Mas nos enganando a gente se vira.

Os sonhos talvez sejam iguais ao que não são verdade. E a continuação ilusória que se continue. Rondando espaços que beijam o ego da vaidade. E a conclusão de nada que se efetue.

O inverno me deixa romântico. O som do Skank me leva ao extremo. E pra isso nem cruzarei o Atlântico. Para fugir do mundo emo.

É a vida com seus mundos. Futebol e o som do Skank importantes para mim. Cada ser com seus gostos “imundos”. Impossível saber o que é não e o que é sim.

sábado, 12 de junho de 2010

Os sonhos não Envelhecem

Um clima indeciso da temperatura deixava mais tenso os instantes iniciais do show de Milton Nascimento, Lô Borges e Flávio Venturini.


Uma história fermentava no meu cérebro. Eu iria de certa forma vivenciar o clube da esquina, aquele do livro “Os sonhos não Envelhecem” de Márcio Borges.


Honestamente por todos os instantes não lembrava a cidade que estava. Apenas pensava que eu estava na cidade que o Clube da Esquina se juntaria pela segunda vez depois de uma época memorável para a música brasileira.


No local da apresentação, aquela multidão que quando alguém move um passo, provoca um efeito dominó. Ingredientes essenciais para meu sofrimento, pois além de fracote a altura não é nada avantajada. Tive que me distorcer para conseguir ver o show.


Enfim chegou a hora. O apresentador anuncia o Clube da Esquina. Daí veio Flávio Venturini, depois Milton Nascimento, mas como era show do Clube da Esquina, para mim, Jean e André e para todos ali que leram “Os sonhos não Envelhecem”, ele era o Bituca.


Milton chama Lô Borges, Lô vai até Bituca e lhe dá um abraço que me fez sentir a essência de uma amizade que nenhuma dor no mundo possa separar. Foi aquele abraço que retrata a história que vai muito mais além do que músicos de talento é a história de seres humanos que fizeram da amizade à melodia mais afinada de seus corações.


Não tive reação, não tive nada. Fiquei intacto vendo Lô e Bituca dividindo o palco. Vinha até mim as cenas que o livro conta. Olhava para o palco e via os dois muleques nas tardes e noites belorizontinas fazendo suas primeiras melodias que depois de muito tempo eu iria vê-los tocar ao vivo.

Mas desafiando as belezas melódicas estava um sujeito de boné que se enfiou na minha frente e jogando o pescoço para lá e pára cá cobria a minha visão. Pior, o cara estava lá por tá. Um pangó. Sou contra violência, mas que deu vontade de voar na guelinha dele, deu. Mas previ o futuro: a minha guela é que seria vítima.


Mudei de lugar, mas sempre vinha um maior que eu (o que não é nada difícil de acontecer) e ficava justo na minha frente.


Resultado final: meu pescoço travou, a batata da minha perna doía mais que mordida de cachorro no bumbum de criança com 4 anos (eu tomei uma nessa idade por isso sei como é tal dor).


Mas o resultado não tem preço. Se não vi Legião, Elis, Cazuza ou adolescentemente falando, Mamonas, eu vi um show do CLUBE DA ESQUINA. Coisa que para mim não tem preço.


Tudo envolverá em minhas lembranças este momento inesquecível. Pois um dia depois começava a Copa do Mundo de 2010. A primeira no continente africano, e a primeira abertura que não vejo em casa ou na minha cidade, pois em 2006 estava no trampo, mas na minha cidade. E quando a pelota rolou, estava comendo uma coxinha numa padaria, ao lado de André, Jean e Jorginho. Isso poucos minutos depois de quase ser atropelado na “esquina” do estabelecimento.

Final de jogo. Eu terminei de ver a partida no Ap do Jorge, Alan, Vinicius e mais um tanto de gente.


Hora de vir embora. Tanta aula matada, que o castigo veio justo na feira do livro de Ribeirão. Não pude ficar como o André e o Jean (INVEJA), pois tinha que terminar um trabalho importantíssimo.


Mas... o sonho além de não envelhecer, foi renovado.


Eu vi o Clube da Esquina ao vivo!!


Ps: Resumi ao máximo o texto. Muito mais contarei em outros posts.


Outra Ps: Devido a posição nada confortável em que assisti o show nenhuma foto ficou legal. Há apenas vídeos e estes necessitam de edição e não vai dar tempo de editar devido os compromissos durantes esses dias. Fica aí na mente o que vivenciei na realização deste sonho.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Tema Clichê

Sei que não é nada anormal falar de Copa do Mundo, ainda mais no início da semana que o maior evento futebolístico começará. Mas um desconto tem que ser dado, pois esse tema clichê acontece de 4 em 4 anos. Menos mal.

Mas também não falarei só de Copa do Mundo. Aliás, desta falarei quase nada.

Este texto é só para extravasar um pouco. Muita coisa acontecendo e que está para acontecer.

Imagine só: você apaixonado por futebol e música. Você que gosta tanto de MPB, especialmente Clube da Esquina. Resumindo: pela 2º vez depois de 3 décadas, Milton Lô e Flávio Venturini dividirão o mesmo palco e o cidadão aqui vai poder conferir. Um sonho que se transforma em aroma de realidade um dia antes do ponta pé inicial (frase clichê) do Mundial de Futebol 2010 na África do Sul.

Se depois de ler Os Sonhos não Envelhecem do irmão de Márcio Borges, eu resolvi partir para uma caminhada meio maluca, talvez tal fato contemple o caminho que percorri até então.

Uma estrada que me ensinou muita coisa. Me deu e tirou coisas importantes e que em dias atuais, vem me mandando ventos essenciais de coragem para dizer sim e não. Sem que a indecisão me pertube. Pois não há nada tão sufocante e estressante do que uma indecisão. Cansei dessa coisa de: não sei, vamos ver, quem sabe. Total perca de tempo.

O sim também veio logo que fiquei sabendo do show do Skank no Mineirão. Se não me falhe a memória, final do ano passado fiquei sabendo do acontecimento. Um show em comemoração aos 15 do cd Calango, o 2º da Banda, a alavanca para o sucesso em todo país.

Fiquei me remoendo, até que tomei conhecimento da data e disse com a alma inflamada: eu vou!!

Mais do que justo comigo. São quase 15 anos acompanhando o Grupo. Analisando músicas, buscando fatos e quase nunca indo em ocasiões especiais como a gravação de um cd e dvd ao vivo. Isso porque sempre ficava naquela coisa do: não sei se vou, se dá pra ir e blá blá blá. Ficarei um bom tempo sem tomar minha cervejinha, mas vou, acredito, no maior projeto feito pelo SKANK. Vou estar ali, vivenciando com milhares de pessoas um marco para uma das bandas mais importantes da música no Brasil. E de quebra no Mineirão, onde tive pela primeira vez em 94.

Sei falar do Clube da Esquina, claro!

Já fico imaginando como será o fim da tarde em Ribeirão na espera do show junto com o Jean Carllo e o André, ambos fascinados em Milton, Lô e Flávio e toda história que essa turma fez. Imagino também como estará BH no dia 19. Contatos de lá, me dizem que só se fala nisso. Imagina no dia? Que loucura!!! Até porque será véspera do 2º jogo do Brasil na Copa. Acredito que serão momentos, imagens e uma sensação que só uma aminésia bruta tirará de mim. E olhe lá...

Nem quero falar muita coisa. Em alguma postagem do passado disse que daria um tempo. Não falaria sobre mim. Mas... não deu para segurar.
Estou com uma surpresa para o show. Se tudo der certo, como estou planejando, vou dividir com quem quiser esses momentos. Mas ainda a certeza é incerta (gostei disso), e não quero fazer mais uma promessa aqui no blog e não cumprir.
Continuem acessando para ver se dará certo e curtiremos o Skank no Mineirão dia 19.

Ósculos e Amplexos malucada!!!

Ps: está a mil minh agendinha. Fiz o post correndo. Prof. Pasquale, perdoa aí...

Outra Ps: surto no sistema e não consigo postar imagens. Mas as dos shows darão certo, ou não.

Ps final: acabei nem falando do início da Copa.

domingo, 30 de maio de 2010

Voltando a Ver o Mundo

Há tempo um homem andava com toda disposição pertencente a ele. Olhava a natureza, vez ou outra a desafiava, encorajava-se pelas noites e certa vez também se rendeu ao medo.


Teve filhos, muitos filhos. Uns se foram precocemente, e 11 sobreviveram.


O velho, na época jovem, apontou o caminho do trabalho duro para 10 desses filhos sobreviventes. A caçula foi beneficiada pela tradição da proteção ao filho mais novo. E não teve a vida sofrida que os demais tiveram.


Passa se um pouco do tempo.


As crias do homem vão se casando. Construindo suas famílias, cuidando de seus próprios lares e deveres. Saindo aos poucos do autoritarismo daquele homem.


Vieram os netos. Mas a disposição e o jeito durão continuavam. Mesmo com praticamente toda filharada criada e já casada.


O trabalho era a fascinação do homem. Acordar antes de o sol nascer e respirar os últimos suspiros da escuridão lhe renovava. Ver o claro sendo esquentado pelo sol era o combustível para mais um dia.


Ir e voltar. Pernas que se moviam na companhia de pés que deixavam os rastros da vitalidade. Olhos para ver o mundo do bem e do mal. Boca para falar sobre o que via por onde andava.


A boca ainda fala, talvez para muitos sem o mesmo sentido de antes. Os olhos ainda vêem, mas não com a mesma amplitude de antes.


E as pernas?


Essas já não correspondem mais aos anseios do homem que tanto as utilizaram para correr pelos trilhos da vida.


Hoje de manhã o homem, agora velho deixou um pouco sua cama. Porque sua filha mais velha e seu genro deram para o homem a oportunidade de ver o mundo de forma abranjente. Já que os poucos metros quadrados de sua velha casa, estavam freqüentes em seu cotidiano. E um pouco depois, o seu 3º neto suspirou a bondade daquele momento ao ser informado um pouco depois sobre o tão agradável fato.


O velho riu de verdade, se emocionou, conversou com sua vizinhança como um homem normal. Voltou a sentir a manhã sorrir dentro de seu corpo como antes.


Depois de tantos momentos de sufoco.


O homem estava voltando a ver o mundo.


Ps: Pensei em várias fotos para ilustrar o texto. Mas vi que nenhuma completaria o que está escrito, a não ser a imaginação tentando enxergar o que o homem viu. Penso que somente o que os olhos dele tenham visto pudessem dar ilustração ao post.

domingo, 23 de maio de 2010

Resposta ao Post Viciado Sim! Alcoólatra Não!

Por Felipe Campelo (com um L só)

Só para constar, o Campelo é com um L só. Originalmente tem um acento circunflexo no E, mas deixei de usá-lo por pura praticidade. Afinal, nenhum dos meus documentos oficiais utiliza-se de acento mesmo. Contudo, vamos ao que realmente interessa.

Ao contrário do que o J.C. comentou, para mim, a questão é sim, principalmente, de semântica. Quando faço questão de frisar que viciado em bebidas alcoólicas é a mesma coisa que alcoólatra é porque o primeiro de fato se constitui a definição do último.

Tenho que discordar do meu amigo Vanildo, mas viciado e alcoólatra não são a mesma merda. Pode-se ser viciado em inúmeras coisas, das mais simples até as mais bizarras. O vício em álcool (bebidas) é que se constitui em alcoolismo (estou redundante para evitar equívocos).

Acontece é que mesmo quando se torna uma patologia, o uso de bebidas alcoólicas possuí vários graus (assim como as próprias bebidas... rsrs) de dependência.

Pode não ter parecido, mas eu entendi muito bem a diferenciação que o Vanildo quis fazer. O Vanildo estava explicando que sua apreciação pelo álcool está em um nível de dependência leve, que ele gosta de beber muito, mas que “consegue parar de beber quando quiser” (coisa perigosa de se dizer...) e que seu “vício” não lhe traz problemas sérios. Ao contrário dos outros estágios em que a dependência começa a atrapalhar (e vai progressivamente piorando) a vida do sujeito em diversos assuntos.

Pois bem, você deve estar se perguntando então por qual motivo eu não simplesmente concordei com ele. Ora, se eu tivesse feito isso não teríamos assunto até agora e a coisa acabaria ali. Fiz isso com o Vanildo pois sabia de sua capacidade para argumentar e que a conversa renderia.


Continuo, contudo, defendendo que sua fala foi contraditória, principalmente para os seres não pensantes. Mas entendi muito bem o conteúdo do que foi dito.

Minhas provocações acerca do uso semântico não é apenas um preciosismo de jornalista, mas uma necessidade para o entendimento no diálogo. Já vi inúmeros (exagero meu, mas alguns) debates em que não havia um avanço na questão proposta simplesmente porque um conceito era entendido de maneira diversa pelos lados ou porque os lados usavam conceitos diferentes para falar da mesma coisa.

Para finalizar, não sei se conservador seria muito adequado para me definir. Tal conceito já foi tão utilizado, “pisoteado”, “esgarçado” e “estuprado” que é necessário fazer uma revisão antes de entrar nessa debate (fica para próxima).

Quanto ao convicto tenho que acabar com suas ilusões, mas sou muito pouco. Minha convicção geralmente se restringem às minhas dúvidas.

Discordo também de não concordar com você em bulhufas. Com certeza pensamos parecido em algumas coisas. Gosto porém de provocar (isso sim culpa do J.C.) e debater para mim é muito divertido.

Ps: é "bunitinho" esse "Filipi".

sábado, 15 de maio de 2010

A Existência da não Existência e Vice Versa

E mais um texto faço. Mais uma imbecilidade ilustrada com palavras de parto normal.


Tenho preguiça de ir ao banheiro, por isso seguro a cerveja de ontem e os dois refrigerantes de hoje. O bife do almoço já não me pertence mais.


Pois é, coisas inúteis eu escrevo. Tão imbecis como qualquer coisa. Porque tudo é inexistente de ser magnífico ao extremo. Inclusive o que não existe. Pois o que não existe para eu, tu, ele, existe para nós, vós e eles.


Ou seja, o que não existe, existe. Basta pensar no que não existe e isso já está sendo existente.


Bobeiras letradas, farriando na melodia de um violão. Tento pegar a música em minhas mãos. Mas ela escorrega e vai entrando nos ouvidos que passam pelas ruas.


Invejo os tímpanos que ouvem a canção que toca naquela caixa com mais de 10 anos de batidas. A audição se transforma em sentidos simultâneos e enxerga, degusta e até toca na música cheia de cores.


Deve haver uma curiosidade em relação o que ouvia enquanto digitava tais palavras. Eu poderia até falar, mas não é necessário. Pois a música que escutava, pode não existir, além de mim.


Sim! O que existe, também pode não existir. Mesmo existindo.

domingo, 2 de maio de 2010

Viciado sim! Alcoólatra não!

Antes de esclarecer o título desta postagem, informo que por tempo indeterminado postarei aqui apenas fatos de ficção ou assuntos que não sejam referentes à minha pessoa.


O motivo?


Já há um bom tempo tenho notado coisas negativas ao meu redor. E na luta para encontrar um caminho de crença, preciso parar de me expor (tá ligado ao espiritismo). Embora o blog seja o menos perigoso disso. Pois algumas das pessoas que garfam os olhos (inveja) em direção a minha pessoa, se quer perderia tempo em ler. Mais fácil ficar bisbilhotando pelo orkut, exemplo.


Falando em orkut, só em casos raros e de urgência, usarei essas parafernálias eletrônicas para recados pessoais. Do tipo: vou ali, vou lá e blá blá blá...


Agora vamos ao que interessa.


Viciado sim! Alcoólatra não!


Parece, e é contraditório. Mas eu consigo ver diferença na questão.


Questão que rendeu uma discussão ferrenha entre a minha pessoa e a de Felipe Campello. A razão do bate boca foi devido a uma matéria que foi capa de um jornal da região sudoeste em que o tema era o alcoolismo. E a dona da matéria, a gente finíssima Adriana Dias, que atualmente tenho prazer de morar no mesmo prédio que ela e de ter aulas de assessoria de comunicação. Embora ultimamente não tenha freqüentado muito as aulas dela por relaxo do cidadão aqui. Pois é, a jornalista Adriana Dias me encontrou numa sexta antes da aula, tomando uma cervejita com alguns camaradas e me fez algumas perguntas sobre o assunto. Foi onde disse que sou viciado, mas não sou alcoólatra. Veja no final do texto a declaração dada por mim na matéria


Conservador que é (tenho quase certeza que ele vai me indagar pelo conservador). Convicto do que pensa e fala, ele não concorda em bulhufas comigo. E para ele, viciado e alcoólatra é tudo a mesma merda (merda foi por minha conta).


Já para mim há diferença, explico: no meu caso o vício que tenho principalmente por cerveja não me faz considerar um alcoólatra. Pois preciso de beber ao menos 6 dias da semana, como disse na matéria do jornal em que fui interrogado sobre o assunto. Mas tal vontade quando nessário é controlada. Não sou do tipo de pessoa, que se ficar em um lugar que não poderei digerir bebida alcoólica, ficarei louco e farei loucuras para beber algo que distraia o organismo, como muitos fazem. É uma vontade que vêm, e se nada me impede, vou e bebo minha birita (geralmente cerveja). Nem sempre em excesso, importante frisar isso.


Já o alcoólatra é aquele que mesmo não podendo beber, já pelas doenças que o próprio álcool causou, ou por outras de outros motivos (que bagunça), ou por estar em um lugar que não poderá beber por uma semana, enfim, vivendo situações que o impeça de “degustar” o álcool, ele vai no mínimo enlouquecer. Mas o mais certo, é que vai se danar por estar doente, ou por estar em um lugar que não poderá beber, e vai beber até ficar bêbado. E sempre que bebe, dá defeito.


É mais ou menos isso que penso, tirando de base a minha situação, perante o vício assumido que tenho por cerveja.

Veja trechos da matéria:

Clique nas imagens para ampliá-las




Ps: o tal do Rafael Henrique Sousa que também foi entrevistado, é companheiro de ap e boteco em Passos. E ele, juntamente com Jean Carllo são os grandes responsáveis pelas minhas bebedeiras em território passense.

domingo, 25 de abril de 2010

Âmago

O texto abaixo foi escrito no fim do ano passado. Faz parte de um projeto de contracultura que idealizei junto com um colega de classe. Mas para variar, como qualquer projeto meu, está na gaveta.


Porque eu não existo na estética, e ideologicamente eu não sei quem sou.


Vivo no mundo que já foi louco e, que hoje é apenas uma existência de inúteis cabeças que matam por dinheiro e que zombam de idéias e deveres do bem.


O mundo não anda louco como dizem. O mundo está corrido e, velocidade não é loucura. Velocidade é a passagem pela vida sem a essência do nascer e pôr do sol. Sem ver a natureza que nos abraça e nos dar o ar para respirar. Sem notar o riso vibrante de uma criança cruzando nossos dias.


O mundo não anda essa loucura que estão falando. Loucura é não se vestir para os outros e sim pra si mesmo. Loucura não é ser feliz para alguém, e sim, pra você. Loucura é não ter uma beleza para o outro, e sim para você. Loucura não é dizer para todos que você é louco. Loucura é você não se preocupar em ser louco.


Não se preocupe com a roupa e o celular caro. Preocupe em não passar fome. Não se preocupe com um carro. Preocupe em cuidar bem de seus pais.


Não se preocupe com o modismo, pois o que hoje é moda, amanhã não passará de um passado. Mas preocupe em fazer do presente algo essencial em que não destrua sentimentos, para que o futuro te espere com leveza.


O futuro, o futuro, o futuro que é o presente de amanhã. Então faça sempre a essência do espírito, pois o passado se vai, o futuro pode não chegar, mas se chega, o presente vai estar sempre com você.


Mas também não precisa se preocupar com o que eu falo. Pode ouvir melhor os porcos capitalistas, que se lixam para você e te fazem de trouxa, deixando você distante de sua família e eles sempre com mais poder e você abraçado com a ilusão.

domingo, 18 de abril de 2010

Carência Feminina ou Safadeza Masculina? Parte 2

Resolvi dar continuidade no texto do post anterior deste blog, que me deixou surpreso com os comentários não só aqui no blog, mas do orkut, msn, twitter e pessoalmente.


Embora a menor proporção de comentários sobre o texto e qualquer outro que posto aqui seja curiosamente no blog, é através de um que puxarei o texto e comentarei certas partes.


Para começar já mando um equivoco que cometi na postagem anterior. Lá disse que só fiquei com quem tinha acabado de sair de um relacionamento para não ser uma cobaia sentimental. Mentira! Eu já fui cobaia amorosa sim! É que faz mais de 6 anos que larguei da minha primeira ex e até tinha esquecido que fazia apenas 5 míseros meses que a coisinha tão bonitinha do pai dela havia largado de seu primeiro ex. Nesta brincadeira fui trouxa por um ano, ou não. De repente as juras de amor dela eram verdadeiras. Os: Ontem o Bill Gates me ligou para pedir o número da minha conta para ele depositar a metade da sua fortuna nela.


A primeira parte do comentário que irei analisar da senhorita Heloíse Leão (hum... será ela selvagem quanto o sobre nome?) Quem sabe um dia eu descubra. A grana do tio Bill já ta na minha conta. No comentário, girl Ise disse: “A partir da sua genial conclusão de que a mulher em sua maioria é mais carente, tenho a dizer que NÃO CONCORDO. Pra mim as mulheres são “safadinhas” (termo meigo para safadas). Na verdade tanto quanto os homens, ao final de um relacionamento elas não querem ficar por baixo e querem imediatamente arrumar outro cara, de preferência bem mais bonito, para sair exibindo por ae... é claro que para isso vai nos lugares onde o ex freqüenta. Rsrs. Além disso, saindo do relacionamento sério vc se sente muito sozinha, pois estava acostumada com todas as mordomias que o namorado proporcionava, então, saindo da parte da safadeza, é meio que uma necessidade”.


Quanto à parte que diz que tanto homens quanto mulheres querem sair por cima depois do fim da relação “namorial” e freqüentam lugares onde ex vão para se exibirem com outros e outras, eu concordo. Só não concordo por mim, pois faço exatamente ao contrário. A não ser que isso seja inevitável. Na parte em que ela diz que as mulheres arrumam um homem de preferência bem mais bonito depois do fim do namoro, notei uma certa ironia com minha cara pálida que contém um nariz parecido com bico de carro de F-1 colado nela.


Quando a feroz Ise Leão diz que mulher sente muito sozinha, e arruma outro “amor” por meio que uma necessidade por ter acostumado com todas as mordomias que o namorado proporcionava, eu concordo com ela. Mas no caso, eu que me abalei pela ausência de mordomia que tinha no 2º namoro. Nunca me importei de ganhar ingressos para shows, tudo bem que tive que engolir certa vez Jorge e Matheus, meu Deus, foi do diabo. Jamais foi incômodo ter as contas pagas em pizzarias, bares, excursões para os shows que ganhava ingresso, mais outras tantas regalias. Afinal, eu sou um ser pós-moderno, a favor dos direitos iguais. Portanto acho um luxo mulher que paga conta de homem, principalmente quando são as minhas.


Mais uma parte do comentário de Ise Leoa (espero que ela não fique uma fera com a brincadeira): “Bom .... agora vamos para a segunda parte.. serei mais breve... “O homem em sua maioria é cagão e tem medo de sofrer novamente”. NÃO CONCORDO. Rsrs
Qd diz que o homem é cagão pq tem medo de arrumar outra tão rapidamente e fazer com que a ex sofra, é pura lorota! Se ele não arrumar outra, é por incapacidade!! Todos querem arrumar outra.. aliás, acho q logo que terminam o namoro, o cara já sai correndo pegar o caderninho de telefones (afff.. q pobre.. hj em dia tem lista no celular...) e vai ligando para todas, sem exceção! E pior.. vem com akela conversa: “Oi, td jóia? Saudade d vc... já casou??” e qd é questionado sobre a namorada ele diz: “qh isso, já largamos faz tempo, nunca ia dar certo msmo...” .... efim.. ele faz isso repetidamente até a hora q uma otária cai em sua “conversinha”. . Se ele não conseguir... é pq ele é fraco msmo.. e não pq é cagão”!


Ela diz que se o homem larga e não arruma outra não é por ser cagão e sim por incapacidade e por ser fraco. Quando li isso me senti um broxa. Quanto a lista de nomes, não uso nem o caderninho de telefones (até porque não tenho mais) e nem a agenda telefônica. Não faço isso assim que largo. Mas os meus convites são feitos pelo msn (embora nem sempre que elogio uma mulher pelo messenger seja cantada), depoimentos por orkut e estou vendo a melhor forma de xavecar pelo twitter e facebook.


E ela terminou dizendo que somente alguns mais fortes é que conseguem ficar sozinhos depois do fim de um relacionamento (quando li isso me vi musculoso pela primeira vez) e que não saem desesperados procurando por alguém. Ise ainda manda a “celebre” frase: antes só do que mal acompanhada e indaga se isso seria desculpa de menina encalhada que não arruma namorado nem a pau. Pois digo para a digníssima que existe um carinha baixinho, raquítico, narigudo, orelhudo, às vezes cabeludo e com a boca meio torta querendo uma namorada. Com tantas qualidades, se eu fosse “muézinha” não resistiria a essa estética inigualável.


Ah, o sujeito perfeito que me referi, sou eu. Ou seja, foi uma cantada na visitante e comentarista do Vidrassa.


No comentário de Lívia Louise (acho esse sobre nome sofisticadíssimo, coisa fina!) não farei nenhuma observação, pois tem uma parte lá que dá um outro texto, dentro deste assunto mas que não seja esse assunto.


Teve gente que não concordou em nada, teve quem concordasse com tudo, teve os que concordaram em partes, pelo twitter houve questionamento sobre a situação dos homossexuais ( @VanildoMarley Com base no seu texto, vc já imaginou com é a cabeça dos gays, que misturam um pouco de cada sexo???), e quem concordasse e discordasse de todo texto, como o twitteiro Paulo César.


Agradeço o mutirão ideológico que foi realizado sobre o texto, salvando a economia mundial e as relações conjugais mal resolvidas. E sobre tudo que li e ouvi dos comentários só tenho a dizer ou escrever que também concordo e discordo de todos.


Ps: Quando falo de ex não estou tendo nenhuma recaída ou pretendendo implicar. Ao contrário, se fosse algo do tipo nem tocaria no assunto. Só faço essas piadas e dou risada da minha cara quanto a uma relação que me fudi quando estou já recuperado.


Outra ps: Peço perdão ao professor Pasquale pelos erros de portuga. Dizem que preguiça é pecado, então pequei feio, porque não tive coragem de corrigir os erros.


Ps saideira: Joguei a culpa na preguiça para me inocentar da “gonorância” que tenho sobre nosso idioma.

sábado, 10 de abril de 2010

Carência Feminina ou Safadeza Masculina?

Mulher é mais carente que homem? Ou o homem é mais safado que a mulher?


Eu voto que na maioria dos casos que a mulher é mais carente, pois há homem carente também. E voto confiante que em termos de safadeza cada um é cada um. Tanto homem quanto mulher, aí depende de cada um.


Eu indaguei a carência feminina porque de uns tempos para cá (uns 3 anos) venho notando, e juntando fatos mais velhos ainda, que o sexo oposto dos homens numa maioria esmagadora, ao menos no meu mundinho, sempre inicia um relacionamento pouco tempo depois de terminar uma relação séria.


Sem querer me veio certa vez na cabeça o que minha primeira ex tinha feito. Que era justamente começar um relacionamento com outro pouco tempo depois de terminarmos. Pouco tempo, para não falar pouquíssimos dias. Será que ela já me traía? Acho que não, (acho, o acho é importantíssimo) foram ás circunstâncias que não vem ao caso aqui, que fizeram acontecer tal fato. Mas não coloco a minha mão no fogo e nem aposto a grana que ainda não tenho acreditando na inocência da garotinha não.


Desde quando minha cachola anotou esse acontecimento, comecei a lembrar e observar casos em que mulheres depois de terminarem um relacionamento sério, começam rapidamente outro. E os homens geralmente ficam por um considerável tempo sem envolvimento.


Enquanto essa primeira ex teve dois namoros, um parece que deu até noivado, eu me envolvi apenas uma vez. E isso depois de um considerável tempo. Quando ela terminou o segundo, que na verdade era o terceiro, pois eu fui o primeiro, eu já quase também finalizava outro, que seria o meu segundo. Esse parágrafo foi proposital, era pra confundir mesmo, nem tem muito sentido.


Continuando...


Já houve casos em que eu seria a cobaia sentimental. Sempre dei uma atenção especial (fiquei), mas jamais levei a sério. Não por sacanagem, mas por achar e ás vezes saber que estaria comigo pra esquecer e talvez passar ciúme no ex. Que é o que quase sempre acontece. Importante lembrar que os homens também fazem isso. Aliás, passar ciúme, e usar o próximo, é típico do ser humano em geral.


Voltando na carência feminina, essa semana com os camaradas que divido o ap que tem a síndica mais simpática do mundo, (a dona Lulu) discutíamos isso. Em pouco tempo um monte de exemplo foi citado. Isso só de pessoas que conhecemos, nem lembramos da banalidade explícita e nojenta dos famosos.



Eu continuei a buscar mais casos, e encontrei. Ah, já estava esquecendo, minha segunda ex, que é a atual, atual ex, evidente, também está no time das que já se viram com outro (“se viram com outro” foi conotativo também).


Dos casos que buscava em minha mente, veio de uma paulistinha que conheci no início de 2009. Foi uma coisa maravilhosa: meu mineirinho pra cá, meu mineirinho pra lá, eu nunca vou te esquecer ali, você é tudo que queria conhecer aqui e blá blá blá blá. Um mês, talvez nem isso, depois de retornar para terras paulistas, pelo msn a cidadã me conta que estava namorando. Pior, falou que era uma pessoa especial. Aí pensei nas declarações que havia feito para o mineirinho. Eu ri, apenas ri sem entender nada.


Tudo ia bem quando, um novo convite no msn e orkut surge. Era a paulistinha que tinha largado quase um ano depois e voltado a me add depois de me excluir, provavelmente a pedido de seu ex bonitão (fui irônico quanto ao bonitão). Me contou que sempre que falava de mim para suas “colegas de trabalho” (usei aspas pois a frase é do Sílvio Santos) os seus olhos enchiam de água e que as coleguinhas diziam que ela gostava era de mim e que iria vir em Minas me ver e que era pra eu ir lá vê-la e que isso e que aquilo e que sei lá mais o quê... Não levei a sério, ainda bem, pois nesta agradável manhã de sábado (10/04/10) vejo no orkut da moça que ela está?


Adivinha:


NAMORANDO! Olha que lindo!!


Mas justiça seja feita: há mulheres que curtem a fossa e não se envolve tão rápido. Superam dor, solidão e tudo mais ligado ao fim de um namoro sem usar ninguém e com respeito ao ex. É claro que tem aquelas que são por não acharem nada. Ou que preferem cair na gandaia.


Falando na gandaia (oba!) entro na discussão sobre os homens. Na minha observação, como já escrevi antes, as mulheres em maioria dos casos (no mundinho meu) começam um relacionamento pouco tempo depois de terminado um. Ao contrário da ala masculina que geralmente fica um considerável tempo sem envolvimento sentimental sério.


Seria medo? Pose de machão, mas depois de uma apunhalada no coração, um lado sensível e medroso surge?


Seria respeito com a ex? Essa eu descarto.


Seria por não encontrar alguém? Essa eu não descarto.


Ou seria para curtir a badalação? Essa eu não descarto mesmo!


Concluo que: a mulher em sua maioria é mais carente.


O homem em sua maioria é cagão e tem medo de sofrer novamente.


A mulher é mais, bem mais corajosa e não tem medo de um novo envolvimento. Os: embora todas falam quando estão no fim de um namoro que não vão se envolver tão cedo com alguém por medo de se machucarem. Conversinha fiada.


O homem em sua maioria é mais puteiro. Mas a mulher também é da zuação, porém a fama do homem de galinha é maior, por isso há impressão que somos mais farristas. Mas observe bem as mulheres, elas bagunçam muito, só que são mais discretas. E espertas também, pois jogam a fama da não seriedade para os homens.


Ou seja: “homens bobos que nem cachorro, mulheres espertas como gato”.



Ps: a genial frase que dá fim ao texto, eu li numa entrevista do Renato Russo.

sábado, 3 de abril de 2010

Um Poema

Não sei bem se isso que escrevi possa ser chamado de poema. Mas ao menos serve de desculpa para atualização do blog.


Um poema

Preciso escrever um

O problema

A paixão sem sinal algum


Um poema

Na manhã que chove

Sem tema

Pra vida que se move


Um poema

Para o ar que entra pela janela

Algum esquema

Que socorra o fim da cidadela


Um poema

Na escuridão do quarto

Um lema

A aflição do amor sem enfarto

quarta-feira, 24 de março de 2010

Os Recentes Dias

Dias dinâmicos os últimos.


É carro que me pifa o motor e me deixa junto com meu camarada Jean mais de 3 horas em um posto de gasolina. Isso depois de longas horas arrumando razoavelmente o ap.


Os apenas 70 km de Passos até Carmo ficaram infinitos na tarde do último sábado.


Também teve uma cena que qualquer pessoa metida a fazer cinema adoraria registrar. Uma comédia e tanto.


O Niltinho com sua cara de bêbê e com seus mais de 20 anos e quase 2 metros de altura, dirigindo um “fitinho 147” com mais 3 belíssimas garotas (pena que muito amigas nossa), no banco de trás. As escandalosas berravam pelas ruas por onde nossa super Ferrari de ilusão passava.


Dos 5 no “confortável automóvel” 4 eram corinthianos. E lá fomos nós farreando por algumas ruas da cidade até chegar no restaurante onde vimos o Timão perder. Mas vencedores saímos nós, que ainda contamos com a presença do Daltinho e Jiovani (é assim mesmo que escreve), e finalizamos o domingão com o senhor Nilton fritando peixe e todos nós deliciando uma cervejita super gelada.


Segunda, bora para Passos. Foi à primeira noite na nova morada. Tranqüilidade. Só não foi tão tranqüilo a manhã de terça, onde ainda não tínhamos gás, consequentemente, ficamos sem café. Nos restou a malandragem de ir ao supermercado e ficar experimentando as amostras de café que rolavam por lá.


As 12:30 o gás enfim chegou. E o Rafael fez um rango bom. Talvez pela fome que nos angustiava, parecia tão bom. De qualquer forma, o importante foi ter enchido a pancinha.


Barriga cheia, o Rafael se mandou e a cozinha sobrou para mim e Jean. E já passavam das 16 horas quando terminamos de arrumá-la. Uma falta de habilidade sem tamanho com pratos, talheres e a pia.


E durante todos esses acontecimentos, lá estava ela com sua simpatia indiscutível ou discutível. Viva a Lulu!! Viva!!


Até dvd do Julio Iglesias nos ofereceu. Que lindo foi esse momento. Chorei, não de emoção, de depressão, é claro!


Mas ela concertou rapidamente, nos oferecendo cds do Raul Seixas. Êêêêê, palmas pra Lulu, porque depois dessa, ela merece.


E quem diria? Tive que dar um pulinho em Carmo do Rio Claro para resolver umas coisinhas pendentes, e não é que no caminho senti falta da Lulu? O sossego é muito longe dela, tudo fica estranho é parado com ela distante.


Ps importantíssima: ficamos devendo 15 centavos no mercado quando fomos comprar um juntado pro café da tarde.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Tá Chegando a Hora

Não sei se é para tanto barulho. Pois me mudarei apenas 70 km entre minha cidade atual para a outra. Até porque também já fico mais em Passos por um bom tempo do que em Carmo do Rio Claro.


Mas mudança sempre é mudança (bela descoberta). E por menor que seja, causa um certo desequilíbrio emocional. E estomacal também. Pois já passo mal de saber que não terei de manhã o café da mamacita por uns bons dias.


Sem falar no arroz grudento que deve sair. Parece que o Rafael é que será o cozinheiro. Porque ao menos arroz grudento ele sabe fazer, ao contrário de mim e Jean que mal sabemos acionar o fogão.


Amanhã quase tudo se resolverá. O quase restante das coisas levarei para a nova morada. Quase restante, porque sempre faltará algo. Menos cerveja. Aliás, também é possível que esta falte, pois a ausência de grana deverá marcar presença vez ou outra quase sempre.


Mas poucas vezes tive tão em paz. Vez outra me revolto com tudo que aconteceu no final do ano passado. Uma demissão de um lugar onde eu me dediquei tanto, onde tinha do público uma aceitação considerável e, que de repente por falsos moralistas, imbecis e capitalistas acabei saindo pelas portas dos fundos.


Mas a minha paz volta rapidamente quando penso que não terei mais que cruzar diariamente com essas merdas. E sempre pelo twitter, orkut e até por aqui mesmo recebo agradáveis palavras de incentivo.


Algo que me deixa menos puto também, é saber que não fui o primeiro a sair aos socos cruzados desses hipócritas.


Claro que desses bestas, teve gente que me deu força, porém tenho comigo a seguinte opinião: não é pelo fato de um dia ter ajudado alguém que eu vou a vida inteira poder pisar em quem concedi ajuda quando precisou. E foi isso que ouvi indiretamente muitas vezes.


Só que essas forças negativas não fazem mais parte do meu cotidiano. Desejo muita sorte e força para os que estão agora tendo que suportar esses escrotos, pois sei que há gente de bem por lá, na qual sinto muita falta.


Agora é hora de um ciclo novo.


Qual o resultado disso? Não faço a mínima idéia. A única idéia que tenho, é que nos últimos 3 aninhos não tenho me acomodado. E isso já é digno de muita paz para mim e talvez de muita invejinha de tolos por aí.


Que venha a Dona Lulu.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O 1º encontro com a LULU

Dona Lulu? Sim! Dona Lulu.


É a síndica do edifício com cara de cortiço que vou morar em Passos (MG). Talvez cortiço seja meio exagero, mas é que nos últimos tempos andei lendo e vendo muitas coisas ligadas a Las Vegas.

Aí vendo aqueles apartamentos luxuosos, é claro que qualquer lugar que está a meu alcance de aluguel seria bem “pobre”.


Se na estética a coisa é meio desanimadora, no lado digamos; sociológico, a conversa é outra.

Pois o lugar é digno de vibrações literárias inimagináveis.


Só para começo de estória a jovem síndica de 79 anos ama jogar sei lá o que de avião no computador. Parece preconceito, mas acho que isso é meio anormal.


Sem falar nas indiretas diretas que ela nos dava para lhe dar umas aulinhas de computação. Coitadinha. Mal sabe ela o como somos leigos no assunto.


Na hora das indiretas diretas perdi a preguiça, peguei a vassorinha e fingi que não era comigo. O Jean foi alugado nesse instante por intermináveis minutos. Para ele, óbvio! Pois para mim que ouvia as cantadinhas da vovó nele, foram minutos agradabilíssimos, que me renderam excelentes risadas.


Superada “a fase virtual da Lulu”, nos pegamos em profundos segundos de tensão quando ela nos pergunta se gostávamos de molhar o bico, ou seja, tomar uns góros. Ficamos meio perdidos nesta hora, porque dependendo da resposta nossa convivência com a Lulu seria tensa. Mas antes que nos pronunciássemos, ela já mandou: “eu gosto de moiá o bico socialmente”.


Ufa! Alívio! Já estamos até analisando o vinho que vamos dar pra ela, já pensando no agrado que precisamos ter para fazermos uma farra ou outra no ap.


Em 3 horas apenas, tempo em que eu, Jean, Rafael e a Tati (não vai morar com a gente, foi lá nos iluminar com seu toque feminino) ficamos arrumando algumas coisas por lá a Lulu não deu sossego. Até nos levou um matinho, embora ela tenha chamado aquilo de flor. E segundo a Lulu, a “flor” estava dormindo.


Eu já acho que aquele monte de mato estava era morto mesmo.


Hora de encerrar o post. Agradecer sua visita e convidar para passar por aqui sempre. Pois acredito que nessa nova e até agora contente etapa da minha vida muitas estórias surgirão. Principalmente da minha nova morada, tendo como vizinha (sim! Além de tudo ela mora de frente para o nosso apartamento) a síndica tchutchuquinha Dona Luzia.


Dona Luzia para os mais velhos e velhos (exceto a senhorita Adriana Dias, minha querida professora de assessoria de imprensa, que é muito jovem) que moram lá. Porque para nós ela é a Lulu. Claro que ela não sabe e nem saberá disso.


Espero!

sábado, 6 de março de 2010

Cidade pequena, beleza gigante!

Por esses dias me peguei meio endividado. E acredite, não era grana o problema. A dívida era com Carmo do Rio Claro, cidade onde tudo parece não acontecer, porém, tudo acontece de forma inexplicável.

Parece clichê de descrição de cidade pequena. Parece, só parece! Pois Carmo do Rio Claro é de fato misteriosa.

E de cidade pequena o blogueiro aqui entende. Se há muitos que se gabam por um currículo de metrópole, eu estou no processo inverso. E piro cada vez mais com os mistérios das cidades pequenas que conheço. Embora meu espírito de cidade grande também seja bem vivo.

O único mal de cidade pequena é não ter um bar aberto 24 horas todos os dias. Para quem é boêmio como eu, isso é apavorante. Porém, superável. Ou não. Porque em momentos de profunda filosofia noturna não ter aquele bar para engolir a madrugada é frustrante.

Então é hora de pagar essa pequena dívida com Carmo do Rio Claro e postar aqui 10 fotos tiradas do topo da Serra da Tormenta, um honroso e orgulhoso ponto de referência para carmelitanos como eu.

Ps: As fotos foram tiradas de maneira descompromissada. Não fiquei preso a técnicas, fiz do jeito que bem entendia, sendo levado pelo espírito de liberdade que me rodeou numa manhã de sexta-feira do ano de 2009 inesquecível.