quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Interior Não Tá Tão "carmo" 1

“Já há um bom tempo, venho percebendo que essa história de que cidade do interior é sossegada, não é preciso pressa e o sono é tranqüilo. É mais um estereótipo.” Parte do texto “Sobre o Tempo” que postei domingo do último dia 11.

Não vou empolgar e dar-me a denominação de um profeta. Nem precisa. Basta viver o interior intensamente. E com os olhos espalhados para todos os lados, das ditas pacatas cidades, que verá que nelas também existem infernos, com diabos e capatazes.

Madrugada do dia 16 para o dia 17. Férias rolando, turistas circulam pelas ruas como se tivessem no jardim de suas casas, tamanha é a confiança e certeza de que na cidade pequena é tudo tranqüilo. Assalto, tiro, gente desleal, mal educada e de confusão, isso não existe a não ser nas grandes cidades. Não existia! Pois agora existe! Ainda com uma intensidade bem menor do que nos grandes centros, mas um pouquinho do fogo do inferno já começa a queimar nas pequeninas e “calmas” zonas urbanas.

Eu, e mais 2 amigos tomávamos uma cervejinha habitual de sexta-feira em um bar na principal rua de Carmo do Rio Claro. Trocávamos idéias sobre futebol, música, carnaval, mulheres, e já combinávamos o que fazer no sábado à noite. Coisas corriqueiras de quando se tomas umas geladas. E em um bar ao lado, o ambiente começava a esquentar. A música que tocava por lá era “carinhosamente” propícia para que desentendimentos acontecessem.

Um empurrão, outro, depois mais um. A atenção de quem estava por perto já começa a ser acionada. Eu, mesmo um pouco longe da confusão que começava, me mantive mais atento ainda. Pois pelo jeito que a coisa caminhava, a bola de neve estava no pico. Era só descer rolando.

Puta quebra pau! A discussão que iniciou por causa de um dvd (fui atrás depois para o motivo que ocasionou tal fato, e descobri que foi por um dvd) entre 2 caras, acabou em uma pancadaria entre uns 30 homens, com mulheres entrando no meio (berros e choro agudíssimos), e sangue espalhado na rua. Cadeiras começam a ser armas, e nessa hora a direção do bar onde eu e meus amigos estávamos fecha todas as portas do estabelecimento temendo que a pancadaria entrasse recinto adentro.

Nenhum um tiro, é verdade! Mas para uma cidade de interior onde se imagina só a tranqüilidade e que há 15 anos esse tipo de situação era inimaginável. Hora de acionar os alarmes.

Jamais esquecerei a cena. O bar lotado, um calor daqueles, e todos ali, enjaulados e espantados com o acontecimento. No momento pensei em tirar uma foto para mostrar a cara de espanto de todos. Mas achei melhor não. Pois nenhuma imagem retrataria melhor a situação que você possa imaginar o que se passava ali. Para quem estava no local então? Um retrato que sempre a mente revelará. Alguém comentou: “nunca imaginei passar por isso aqui”. Todos que ouviram concordaram.

Lembrei de 2007 quando eu e esses mesmos 2 amigos saímos de Alterosa (cidade vizinha e menor que Carmo do Rio Claro) escoltados pela galera do bem daquela cidade. Não esqueço a cena de mais ou menos uns 15 carinhas vindo pra cima de mim aos chutes. Incorporei um Robinho no improviso, pedalei e saí de todos. Milagre!!!!! Se não, não estaria aqui para contar esta história. Tamanha surra que levaria.

Aconteceu comigo. Aconteceu com conhecidos. Aconteceu com muita gente. Situações constrangedoras e perigosas em cidades consideradas pequenas e tranqüilas.

Esqueça de uma vez, e pare de confiar no estereótipo criado para deixar as cidadezinhas inocentes. Há violência no interior sim! Por enquanto dá para ir levando. Se providências não forem tomadas. Aí não vai dar para ficar, por exemplo: “carmo” em Carmo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Inimigos do HD

Qualquer semelhança com o nome da banda Inimigos da HP é mera coincidência. Assim que o meu antigo HD deu parada cardíaca e se foi, logo lembrei de um monte de conhecidos que passaram pela mesma situação minha. É um desespero só. Fotos de momentos marcantes para você, textos de autores que você gosta, e aquele tantão de músicas. Só restando então, lamentações e revolta pelos arquivos perdidos.

Mas esquecerei o que perdi, não tem mais jeito mesmo. Mas que virei um inimigo do meu antigo, isso virei!

Hora de recomeçar. Assim como no mundo virtual, o meu real também está um pouco mais limpo, quase zerado para começar em certas coisas. Trilhos diferentes e necessários. Chega de esperança, de se iludir com o que não tem mais jeito (pelo menos agora), de estender a mão para quem te engana sorrindo e depois ri na sua cara após te dar um bolo recheado de sacanagem acompanhado de alguns copos de cerveja.

Mau, jamais serei. Mas dar minha carinha para zombar não mais, e deixar meu coração ser pisoteado, também não! Digamos que em certas situações não vou me envolver, serei neutro para não sofrer no final. Preciso em certos momentos diminuir a temperatura dos meus sentimentos.

Estas foram algumas das coisas que aconteceram por esses dias que fiquei sem postar.
Bem pessoal aliás, mas prometo que os próximos posts serão de total interesse de você blogueiro.

Dou aqui uma pista sobre o que comentarei no próximo. É a respeito de um dos pontos abordados por mim neste mesmo blog, no texto “Sobre o Tempo”, onde falo dos estereótipos criados em relação às cidades pequenas. É para assustar os que acreditam que as cidadezinhas são paraísos da tranqüilidade.

Até lá!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Blog Desatualizado, Mas Não Sou EU o Culpado!

Não faz muito tempo que este blog se encontra em abandono pelo dono. Porém o senhor aqui disse que sempre ou quase sempre o atualizaria. E cinco dias não é quase sempre, e muito menos sempre. Muitas coisas acontecem e aconteceram nesse período. Fatos que contarei assim que meu HD chegar. O antigo coração de meu computador, já era. Este é o motivo no qual fiquei afastado do Vidrassa.

Agradeço ao Cassinho que liberou sua máquina para que eu justificasse a você “vidrasseiro” minha ausência.

E se você gosta de rir da desgraça alheia, pode começar a gargalhar. Pois com o falecimento do meu antigo HD; perdi todos os arquivos que lá estavam. Inclusive as fotos do Cassinho capotado após o show da Claudinha Leitte em 15 de novembro do ano que passou.

Neste momento o Cassinho ri; e suspira aliviado.

Sorte a dele!

Azar de quem não viu as fotos.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Para Relembrar

Há nove anos acordei estranho
Com calor, sufoco e esperança
Há pouco tempo tinha deixado de ser criança
O mundo era o que queria
Angústia, fome, tudo isso passei
Superstição nobre rumo á alegria

Quatorze de janeiro
O ano era dois mil
E o mais novo dono do mundo
Era do Brasil
Era meu, era da nação popular
Era do Corinthians
Era de corações súditos
Ó Pátria amada preta e branca
Eu lembro do planeta aos seus pés se curvar

Chorei todas as lágrimas
Que estavam guardadas até aquele instante
Lembrei de 93, quando comecei a minha saga por TI
Eram derrotas e chacotas de alguns adversários
Mas que jamais fizeram-me desistir
De um amor sincero e eterno
Que coloca a infidelidade queimando no inferno

Há nove anos vi VOCÊ
Dar-me o mundo e a felicidade
Há nove anos vi VOCÊ
Fazer explodir milhões de corações especiais
Há nove anos vi VOCÊ CORINTHIANS
Cravando sua história no reino dos imortais!




Não é a intenção provocar nenhum torcedor de outra equipe. Esta humilde homenagem é para relatar o que vivi naquele 14 de janeiro de 2000 histórico para os Corinthianos.
Estendo também aqui a homenagem a todos os times já campeões mundiais. Mas como o dono deste blog respira Corinthians, não poderia jamais deixar de registrar o sentimento que tal data proporciona a ele.

Saudações Corinthianas!!!!

domingo, 11 de janeiro de 2009

Sobre o Tempo

“Tempo tempo mano velho
Falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio”

Durante os dias da semana que passou lembrei deste trecho da música do Patu Fú (a letra é do John, guitarrista da banda). Fiquei imaginando quando vou tirar férias de tudo. Faculdade, trabalho, projetos e até sonhos (sonhar também cansa). Última vez que isso aconteceu comigo foi em setembro de 2007. Um mês, sem fazer e pensar em absolutamente nada. Pena que foi em um mês meio vago, mas o importante foi não se preocupar com nadinha. Mas como nem tudo são flores, já diz o ditado. No mês seguinte tinha uma grande micareta para ir (não é meu estilo de som favorito, nem ouço em casa normalmente, mas me atraí de um jeito que não sei explicar. Adoro micaretas!), nem curti o dinheiro para uma viagem. Por isso acabei ficando em casa.

Viagens, praias, dinheiro de sobra. Quando? Será? “Tempo tempo mano velho. Falta um tanto ainda eu sei. Pra você correr macio”.

Partindo disso, entro em uma outra questão. Já há um bom tempo, venho percebendo que essa historia de que cidade do interior é sossegada, não é preciso pressa e o sono é tranqüilo. É mais um estereótipo. Falo por mim, pelos meus pais e pelos conhecidos. Já cheguei ficar uma semana sem ver meu pai. Quando ele saía, eu estava dormindo e vice versa. Uma loucura!

Talvez se pense assim, pelo fato de nós do interior, não termos um transito infernal como de São Paulo, por exemplo. Ou de ainda não nos preocuparmos com a violência (embora, infelizmente a situação já não esteja tão confortável mais) e de não ter caído ainda à ficha da tal concorrência. Mas eu já estou com os olhos abertos para todas essas realidades da cidade grande. O transito é ainda o que menos me preocupa. Mas violência e concorrência me assombram. Pra essas já peguei minha armadura para defender-me.

Então, visão diferente para cidades do interior. Por enquanto, tranqüilidade só no trânsito. Porque nos negócios a correria é digna de metrópole.

Em tempo: acabei de lembrar. Dia 12 de janeiro, Nando Reis (gênio!) faz aniversário. Lembrei do 1º cd solo dele, intitulado com o nome da data de seu niver. Um álbum muito bom de se ouvir. Sempre que o ouço, me sinto mais família, sinto necessidade de sair na rua e admirar o universo de uma maneira sensata.

Mas ultimamente a obra de arte do ruivo barbudo que guia minha vida é Sutilmente. Parceria dele com Samuel Rosa. A música é a faixa 8 do cd Estandarte do Skank e conta com mais 3 músicas de José Fernando Gomes dos Reis. São elas: Pára-Raio, Ainda gosto dela e Renascença. Todas em parcerias com Samuca.

Brindo você com a belíssima letra de Sutilmente.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Não Estou Com Tempo Para Pensar em um Título Melhor (lendo o texto você entenderá o motivo)

Realmente a ocupação é um grande remédio para tirar as nóias da cabeça. E do coração também. Percebo isso, quando fico por alguns segundos ou míseros minutos sem ter o que fazer (está sendo raro, ainda bem!). Quando ocupado, o stress é tanto que nem lembro do lado sentimental e quando desocupado, vem sempre uma lembrancinha ou outra.

Ontem foi um desses dias que você nem lembra de beber água ou ir até o banheiro. Fiquei em casa menos de 3 horas. E o tempinho que fiquei foi para terminar um projeto de Carnaval do Bloco do Kafofo (Carmo do Rio Claro MG). Depois às pressas saí para a sede do Bloco para mais umas 4 horas de reunião, lógico na parte final dela, rolou uma carninha com uma cervejita para dar uma relaxada.

Pois é, “e lá se foi mais um dia” (trechos de Clube da Esquina II de Márcio Borges). Exausto, cheguei em casa, e fui direto para cama já imaginando a correria que seria o próximo dia.

Confesso que sou fã dos psicólogos, mas a melhor psicologia é a ocupação. É ter o que fazer, é trabalhar a cabeça ao máximo com as obrigações.

Boas e muitas ocupações para nós todos!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

As Mudanças...

Para não contrariar os clichês, um feliz ano novo!!
Pronto, agora é hora de seguir sem se acomodar com o fácil.

Prefeituras de todo Brasil com mudanças, novas perspectivas, até mesmo aquelas que tiveram reeleição. Talvez nessas o perigo seja maior, pois dar continuidade em algo nem sempre é tarefa simples. Sem falar na questão de como confiar em quem fica por muito tempo no poder. Acomodação, vingança, diversão e por aí vai. Quanto aos inéditos, à expectativa é saber se cumprirão tudo o que falaram em suas campanhas.

Acompanhei muitas campanhas em todo país durante 3 meses (estava trabalhando em uma e queria ver as "tendências” do marketing político) e o que tinha de promessa, era coisa para deixar o rei dos pessimistas mais otimista do que argentino quando joga contra o Brasil. Torço mesmo, para que ao menos metade dessas promessitas sejam cumpridas.

Sim! Vou falar. Trabalhei para uma candidata a prefeita e ela ganhou no voto. Veio poucos dias depois perder na justiça (não entrarei em detalhes sobre isso, pois na parte jurídica fico devendo conhecimento, por enquanto) e acabou não assumindo. Mas meu trabalhinho foi feito (e muito bem!) junto com uma equipe esforçada. Agora volto a ser um cidadão e independentemente de quem esteja conduzindo a cidade quero mais é que faça do município digno de seus habitantes. Não sou desses que respira campanha política 4 anos seguidos e 24 horas por dia (até porque nem tempo para isso tenho). Penso sempre que apesar de defender uma empresa, uma marca ou um político por determinado tempo, sou um cidadão e tenho família e amigos. Então a não ser nas horas em que ganho para isso (no caso durante a campanha) não discuto e defendo ninguém. Pode parecer média, mas sempre torço para o político que for administrar que faça um trabalho excelente.

Deixe-me ir ao ponto. Espero que todas as prefeituras do país, a partir deste ano comecem a fazer aquilo que pregaram em suas campanhas. Que os prefeitos não fujam do povo (porque na hora de pedir o votinho, o povo até manda), que os vereadores também honrem suas promessas de que irão fiscalizar e votar para projetos importantes para a população. E o mais importante. Que nós não fingiremos que está tudo bem.

Tenho muita coisa para falar, mas o assunto ficará cansativo. A acho que o que escrevi até aqui, resume bem.

Sorte e decência aos novos e reeleitos políticos brasileiros.

E muita sorte e paciência para nós populares.