quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009 (Os fatos que não aconteceram)

Por total falta de inspiração e também por tédio de um ano que passou longe se ser bom, pensei seriamente em não fazer o poste com a retrospectiva dos fatos que não aconteceram em 2009.

O motivo é que muita, mas muita coisa mesmo não aconteceu. Então teria que fazer uma postagem quase que infinita.

Mas criei coragem, e vou resumir a bagaceira.

Antes, desejo um 2010 chapado para todos nós. Que assim seja!

Então mais uma vez, ao contrário da maioria ou de toda mídia mundial, o “vidrassa” apresenta:

Retrospectiva 2009 (os fatos que não aconteceram)



Janeiro: Nenhuma notícia de enchentes em São Paulo. E o Brasil apenas celebra a tranqüilidade dos moradores da maior metrópole da América Latina.

Vanildo Marley bebe apenas nos finais de semana. E não todo dia das férias de verão.

Fevereiro: Nenhuma faculdade no mundo registra trotes agressivos.

Vanildo Marley não enche a cara e com total consciência dirige e não bate violentamente o carro em que dirigia faltando uma semana antes do carnaval.

Nesta mesma data nenhum um outro acidente acontece e não mata nenhum conhecido seu.

Março: O mundo descobre a fórmula da paz.

Vanildo Marley não sofre “nadica” de amor.

Abril: Marcianos invadem a Terra e assassinam os terrestres que matam por dinheiro e ignoram a essência da vida.

Vanildo Marley não vai ao show de Gian e Giovane em Alpinópolis. (Nada contra a dupla) a questão foi de recaída sentimental mesmo.

Maio: As rádios do Brasil decidem não tocar mais músicas emos. E a televisão descarta os números da audiência e para com o sensacionalismo absurdo.

Nando Reis lança seu novo cd que tem parceria com o letrista mineiro Vanildo Marley que é super elogiado pelo gênio.

Vanildo Marley consegue pela primeira vez dar uma cambalhota vestido com uma camisa de força.

Junho: não deveria ter existido neste ano.

Julho: É decretado no Brasil a lei da honestidade para políticos. Quem rouba como José Sarney é amarrado com cabo de aço e solto no meio de uma criação faminta de jacarés.

Vanildo Marley não machuca sua costela e não perde todas suas férias de inverno.

Agosto: Barretos anuncia oficialmente o fim do rodeio e pega do garrote em feiras agropecuárias.

Todos os cachorros loucos do mundo apavoram os líderes terroristas.

Vanildo Marley comemora aniversário com parentes e amigos em um cruzeiro que ganha de presente da Mulher Maravilha.

Setembro: os Astecas invadem os EUA e dominam a Casa Branca pela Paz mundial.

O dia 04 só existe de 19h em diante.

O Brasil realmente se torna independente junto com sua população.

Vanildo Marley se prepara para o nascimento de seu filho com Ivete Sangallo e descobre que receberá pensão da cantora pela sua paternidade.

Outubro: Rubinho Barrichello faz todos creditarem em milagre e por antecipação é campeão mundial.

O dia 13 não existe.

Vanildo Marley leva seu repelente para o acampamento e não é brutalmente atacado por mosquitos gays.

Novembro: Os sapos organizam uma ONG em prol de crianças carentes por dó da imbecilidade humana.

Vanildo Marley não é demitido da rádio Onda Sul FM e sim pede demissão por não concordar com determinadas exigências para agradar o departamento comercial. E não bebe todo dia antes das aulas na faculdade.

Dezembro: Ninguém deseja feliz Natal por enfim saberem que o importante é cumprimentar o próximo todos os dias e que todas as datas são importantes para a união.

Vanildo Marley não sente dor no dente e não precisa ir com urgência ao dentista e gastar boa parte de sua grana para as baladas de fim de ano.

O ano foi considerado o melhor da humanidade.

domingo, 20 de dezembro de 2009

365 Dias


E lá se foi um ano de blog.No dia 20 de dezembro postava aqui o primeiro texto.

Um número significativo de visitas para um blog de uma pessoa não famosa. Embora na parte de comentários, onde algo poderia ser mais discutido, as idéias de autor e leitor serem discutidas, deixou um pouco a desejar.

Uma pena que fotos no orkut ainda são mais comentadas do que textos publicados.

Tem gente que se tornou leitor constante desta página, tem gente que só espiou e se mandou. Mas ta aí o “vidrassa” com os olhos para todo mundo.

Curiosidade: não foi intenção, só percebi isso quando estava preparando para fazer esta postagem. Curiosamente este post é o de número 100 aqui do blog.

Destino ou acaso?

Cagada mesmo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Dia do Hexa do Mengo

Voltando depois de mais de uma semana. Mas desta vez não foi falta de tempo, foi preguiça de escrever mesmo.

Se fosse contar tudo em um post o texto ficaria gigante. Então resolvi fazer duas postagens para facilitar os olhos.

Nesta postagem o destaque é o título do mengão. Time que cada vez mais vai sendo o meu segundo time.

Se eu já tinha uma simpatia pelo rubro-negro, depois que me tornei amigo do Cassinho essa simpatia aumentou. Desde de 2001 sempre comemoramos os títulos tanto do Coritnhians, como do Flamengo juntos. Este ano não foi diferente.

Nos estaduais e depois Copa do Brasil e agora para fechar este puta ano futebolístico para os dois clubes, a conquista do brasileirão pelo mengo.

No início do jogo eu estava torcendo, mas frio, tranqüilo. Registrando apenas o drama do Cassinho. Veja:

Momento em que o Flamengo perdia e o Inter estava sendo o campeão


Mas a agonia, era tanta da parte dele, que resolvi respeitar o momento e também comecei a ficar muito nervoso. Me coloquei no lugar dele. Passei por isso em 98 contra o cruzeiro. Era a primeira vez que veria o timão campeão brasileiro. E a mesma expectativa era a que o Cassinho vivia.

Segundo tempo de desespero ao quadrado.

Na minha cabeça só passava coisas ruins do tipo: e agora se o flamengo não vencer? O que eu vou falar? O que vou fazer?

Ufa! Goooooooooooooooooooooooooooollllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll do flamengoooooooooooooooooooooooooooooooo!!!

Ainda bem que tinha guardado câmera fotográfica e o celular. Pois o Cassinho por mais um pouquinho derrubaria a casa. Mas no chão ele me jogou. Meu pai também foi vítima da euforia do cidadão, ele ergueu meu velho no teto. Minha mãe bem mais esperta que nós, saiu correndo sem que ele percebesse.

Meu alívio e felicidade viraram espanto. Mas completamente entendível.

Mas sinceramente, depois torci muito para que o flamengo não fizesse mais gol. Mas que não tomasse também, claro. O final do jogo já seria muito.

E foi mesmo. Fim de jogo, de campeonato e de fila para o mengão. 17 anos depois a maior torcida do mundo comemora um título brasileiro. E o Cassinho apavora de novo. Dessa vez meu pai também vazou. Sobrou pra mim. Mas aí já estava preparado.

Hora da carreata. Vesti a camisa do flamengo que ele me emprestou, peguei a bandeira do coringão, montamos em sua moto e fomos para farra.

Que coisa magnífica. Até ônibus alugaram. Sou corinthianissímo, mas admito que ao menos aqui na minha cidade, os flamenguistas estão bem na nossa frente na questão de fazer barulho.

Mas ao mesmo tempo, perdem na questão de espírito. Ignorância ardente de alguns. Julgar todos por causa desses bestas também não seria justo.

Alguns me xingando por causa da bandeira, outras mandando o Corinthians se fuder (esqueceram da nossa ajudinha em campinas), e dizendo que eu não era torcedor.

Engraçado alguns brasileiros. Eles acham que torcer é ter a exclusividade da festa na hora de comemorar uma conquista. Só quem ganha pode participar. Depois ainda querem criticar argentino, dizendo que não tem espírito esportivo. Olha só quem fala.

Qual o problema de um cidadão está com a camisa do Flamengo e bandeira do Corinthians? Sendo que não há nenhuma rivalidade entre as duas equipes. Ao contrário até.

E se fosse à de um rival como o Vasco? Qual seria o problema de entrar no meio da festa? O que é mais importante: a valorização de um ser, ou de um escudo, onde quem tá por trás de tudo, nem sabe que existimos?

Importante: o mesmo acontece com alguns corinthianos também. Se fosse nossa a conquista, alguns teriam essa mesma atitude idiota. Infelizmente ocorre com todas as “torcidas”.

Conversando com um conhecido flamenguista na hora da farra, ele achando aquela minha atitude muito engraçada, comentou com um outro flamenguista, e este disse: “fraquinho, você é um torcedor fraquinho”. Que dó que deu. Nem perdi meu tempo para falar com esta besta redonda. Até porque, ele é um torcedor magnífico, de ignorância, é lógico.

Voltando para parte boa da festa, aliás, esta foi a melhor.

Congestionamento na hora da carreata. Eu me distraio com a bandeira e fico olhando para um lado, meio até que distraído. Quando sinto alguém puxando a minha bandeira. Achei que fosse uma dessas antas fazendo graça, mas era um “simpático” cachorrinho. Tive que descer da moto e brigar com ele uns segundinhos para recuperar minha banderola. Eu no espírito da brincadeira o chamei de cãozinho palmeirense, mas as bestas, falaram que ele era flamenguista e não queria a bandeira do Corinthians lá.

Resolvemos sair do tumulto e ir para o bar do Marinho. Por sorte estávamos em velocidade inspirada em Rubinho Barrichello, e um conhecido em seu carro também. O Cassinho vai atravessando (estava certo), e o carro passou direto na esquina. Tentei desesperadamente avisar o Cassinho, mas tarde demais. Bummmmmmmmm, batida inevitável.

Na hora que vi que bateria e durante a queda, consegui ainda pensar: “será que vou sobreviver”?

Já no chão, vi que estava vivo, preocupei com o Cassinho, pois, vi ele rolando. Chamava, chamava e chamava e ele nada de responder. Com muito custo, acho que a ficha dele caiu (assim como ele caiu) e enfim respondeu dizendo que estava bem.

O Csssinho machucou as costas de leve e eu ralei meu joelho esquerdo. Mas nada de mais, recupero bem até o carnaval.

Só por coincidência: a batida foi na porta do cemitério.

Depois do ocorrido, eu, Cassinho e o cara que bateu na gente, fomos tomar uma cervejita, para comemorar a conquista do flamengo.

Jean Carllo


Viva a depressão!


Não teria melhor maneira de começar este texto. Pois é um texto sobre o Jean.


Jean Carllo do pessimismo.

Assim como eu, detesta aquele “bommmmmmmmmm diaaaaaaaaaaaaaaaaaaa” todo “feliz”. Aquelas pessoas que riem de qualquer bosta. Aquelas pessoas que dizem que a vida é bela e tudo está bom. Aquelas pessoas, para mim as piores, que chegam até você com aquele sorriso que vai até na orelha e diz: tuuuudoooo bem? E sem você deixar, vão lá e te abraçam, às vezes beijam. São as abomináveis pessoas efusivas.


Jean Carllo: que não acredita em Deus. Mas que fica se sentindo quando o chamam de Deus.


Concluo então que: ou ele acredita e diz que não por questões de marketing. Ou se realmente ele não acredita, então não há motivos para ele se sentir tanto. Pois se para ele Deus não existe, e ele é chamado por alguns de Deus, concluo que ele então não tem importância nenhuma. Como eu, que seja pouca, mas tenho lá minha crença em um ser superior, para mim então o Jean tem importância.


Jean Carllo: maratonista dos livros e do precoce conhecimento.


Jean Carllo: da paciência irritante de ouvir tanto os outros e do muito pouco falar de si, mesmo nas profundas desgraças que a vida nos oferece às vezes.


Paciência tamanha, é que talvez faça o ser que é. Ou não é.


Jean Carllo: o aluno nota 10. Que merda! Eu detesto alunos nota 10. Um motivo deve ser pelo fato de não ser um. Resumindo, deve ser inveja não assumida da minha parte.


Mas nem tudo está perdido. Eu não gosto de alunos nota 10. Mas Jean é nota 10, porque é a nota máxima do ensino estudantil no país. Pois, se fosse 20, ele seria nota 20. Eu não gosto de alunos nota 10, nota 20 não teria nada contra.


Jean Carllo: que para não variar, tirou 10 no seu trabalho de conclusão de curso.


Jean Carllo: que se torna o mais novo jornalista do planeta.


Jean Carllo: que me faz acreditar que essa porra de profissão possa melhorar.


Jean Carllo: que prova que não é preciso ser arrogante com pessoas com grau inferior a sua intelectualidade. E que a vivência do dia-a-dia é tão importante quanto os livros.


Jean Carllo: que vegeta pela vida, construindo razões de sentimentos que resume a humanidade.


Jean Carllo: eita neguinho gente boa!


Ps: formam também, Felipe Campello e Carol Wlasson. É, o jornalismo tem salvação mesmo!