domingo, 25 de julho de 2010

Pausa

Devagar, quase parando. Assim está o blog. Hora então de um pit stop para alguns ajustes.

Não sei exato quanto voltarei aqui, pois vai depender da minha “mecânica” Nanda do www.pitadadenanda.blogspot.com, que terá em mãos esta bagaça para fazer mudanças por aqui.

Retornarei de layout novo e espero que com gás renovado também, para mantê-lo sempre atualizado como era no início.

Capricha aí Nandinha louca!!!

E antes der ir para os boxes, um texto falando de um comentarista de Fórmula 1, escrito pelo diplomado jornalista Felipe Campelo, que tive a honra de presenciar seu 10 no Trabalho de Conclusão de Curso no ano passado.

Enquanto mudamos as parafernálias daqui, continuo rabiscando virtualmente através do mini blog. www.twitter.com/vanildomarley.


Luciano Burti, comentarista desportivo da Rede Globo em corridas de Fórmula 1 é um exemplo de bom jornalismo. Sua postura é incomparável mesmo com profissionais da área com muito mais anos de experiência. Detalhe, Burti não é jornalista, não tem diploma. Isso, porém, não o impediu de dar mostras de uma excelente atuação ética e profissional diante de um caso polêmico, no GP da Alemanha. Explico: devido ao seu conhecimento técnico das corridas e, provavelmente, pela fluência no inglês, cabe a ele a tradução das conversas pelo rádio entre piloto e equipe. Diante de alguns casos em que ele não consegue entender completamente a conversa ele prefere não “chutar” ou ficar especulando sobre o que foi dito, ao contrário do que fariam jornalistas “diplomados”, ávidos em dar notícias em primeira mão (mesmo quando a emissora para quem trabalham tem exclusividade nas transmissões). O piloto e comentarista sabe, ainda que intuitivamente, alguns princípios básicos do Jornalismo, como checar as informações. Mais do que isso, Burti reconhece suas limitações e deixa claro isso para os telespectadores, o que, ao contrário de reduzi-lo como profissional, eleva seu respeito diante ao público. Ele também é firme em suas convicções quando sabe do que está falando, mas sempre de maneira educada.


Tal fato me fez refletir novamente sobre a obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo, principalmente quanto a um dos pontos cruciais da argumentação dos defensores da qualificação, a ética. Estudantes, professores, jornalistas, enfim, aqueles interessados na exigência do canudo, defendem que sem as aulas de Jornalismo não haveria mais profissionais sem ética e menos ética na profissão, como se fosse possível ensiná-la apenas na universidade. Acontece que exemplos de jornalistas formados extravasando claramente mesmo os limites do bom-senso aparecem a todo instante. Difícil mesmo é achar o contrário, e quando uma pessoa, que não é jornalista, dá exemplos tanto de ética quanto de profissionalismo, fica mesmo complicado acreditar que o diploma seja mesmo tão necessário quanto dizem.



Ps: o texto foi encaminhado sem título e respeitando a originalidade não coloquei um por minha conta. Seria desleal, melhor assim.


Outra Ps: concordo com o autor em relação aos canudos para jornalistas. Fala-se muito da faculdade para adquirir ética. Mas ética: primeiro vem de berço e depois o ser humano aprende e desaprende onde bem entender. Uma escola apenas não resolve isso. E acredito que nem ajude muito.


Última Ps: Felipe Campelo é jornalista formado pela UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais) Campus de Passos e blogueiro. Acessem: www.triplosentido.com


Um comentário:

  1. Pois bem, vejo que Vanildo colocou o "Vidrassa" sob pausa. Atitude sensata, penso. Novos ares (neste caso novo layout e coisa e tal) são sempre revigorantes. E o q é escrever? Nada além de buscar saídas outras, mesmo q óbvias, por vezes. Em suma, fica-se a espera do q virá por aí, da reinvenção do mesmo, talvez...

    Ah, e o texto do meu mui amigo Campêlo, o q comentar? (Descartada a introdução e o mote esportivo uma vez q não entendo nada e nem me predisponho a fazê-lo). Aventar a discussão acerca da 'validade' do diploma é (sempre)necessário. Concordo com tudo o q foi exposto e argumentado aqui. Na contramão da maioria dos jornalistas prossionais, classe q costumo chamar de "ufanistas da profissão", temos debatido a importância de um fazer (produzir, MANIPULAR)ético, sério e, sobretudo, consciente de suas limitações. O sindicado dos jornalistas, assim como o Código de Ética q (n)os rege não está inteiramente atento às novas problemáticas impostas pela atual conjuntura. Erro fatal.
    Será preciso reinventar (esta me parece a palavra de ordem - ou da nova ordem, se preferirem) o Jornalismo, pois do jeito q está certamente não dá. Abraços!

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