quarta-feira, 12 de junho de 2013

Há 20 anos



Sei que poderei ser odiado no dia que escolheram para ser o dia do amor.


Mas o mais do mesmo sempre me cansa. É muita declaração clichê nas redes sociais. É muito institucional sentimental jogado por aí. É muita foto de pombinhos apaixonados. O amor deve ser provado e não mostrado.


Quero mesmo é lembrar de um certo  12 de junho já lançado na brisa dos anos.


Sábado frio. Muito frio.


A TV vai mostrar uma partida de futebol. Aliás, a TV vai mostrar a final do campeonato paulista de 1993.


Ainda batia uma certa indefinição futebolística. Não era bem indefinição, era não dar tanta importância ao futebol.


Eu queria que o Corinthians ganhasse. Mas estava tranqüilo, ao contrário de como fica um CORINTHIANO.


Começa o jogo e gol. Um a zero Palmeiras. Mais alguns minutos e gol outra vez. Dois a zero Palmeiras.


Não lembro se foi com um, dois ou três a zero que Edmundo dá uma entrada criminosa em um jogador do Corinthians e nem amarelinho rolou.


Fim dos noventa minutos. Três a zero.


Eu gostava daquele time. Daquele time que estava perdendo, do time que lutava, ignorava a inferioridade e até mesmo os erros de arbitragem que tantos falam ser sempre favoráveis a ele.


Mais quinze minutos para fazer um gol e ser campeão.


Início de prorrogação e pênalti. Pênalti para o Palmeiras. Expulsão do goleirão cabeludo, louco, que detestava perder. Assim como eu que detestava perder até nos amistosos de bolinhas de gude. Identificação autêntica.


Pênalti batido e gol do Palmeiras.


E os minutos passam e o Palmeiras é campeão paulista de 1993.


E eu vendo aquele jogo não tive dúvidas após o friorento 12 de junho de 1993: meu time era o Corinthians.


O time que deveria torcer não poderia ser um hit de amor passageiro. O time que eu deveria torcer não poderia ter uma data, uma fase, ou qualquer coisa que o fizesse igual.


Há 20 anos o Palmeiras deu mais um louco para o bando.


Parabéns e obrigado Palestra.

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