Justiça seja feita. Sei da gravidade clichesiana da frase, porém, não caberia outra para a ocasião.
Além da saturação do “cole isso no seu mural” a frase retorceu meu cérebro para outros ângulos.
Há algum tempo atrás, também tinha que algum programa de TV, rádio ou um evento tinha que ser ao pé da letra, melhor, ao pé do nome. Ter que justificar o nome.
Mas vi com o tempo que o nome é apenas o ponto de referência. Ou no extinto e saudoso “Programa Livre” era tudo livre? Claro que não! Ou o “Jô Onze e meia” era em cima da pinta? Ao contrário, tanto que acabou virando uma brincadeira séria, começar o programa ou mais cedo ou mais tarde em relação a este horário. O nome e deslocação de horário referente rendiam piadas e boas risadas, típico marketing “Silvio Santiano”.
Indo agora para os eventos, vou lembrar a turminha do “cole no seu mural” contra Claudia Leite e Ivete no evento pelo motivo de ser axé e o nome ser “ROCK in Rio”, que o festival em primeiro lugar é um negócio de lucros e não para fazer a vontade de roqueiros famintos. Em segundo lugar, já não dá para fazer um festival como em 1985 e 1991 com atrações fodonas como nos respectivos anos. Admitam: o rock não é mais o mesmo.
Em terceiro lugar, dentro dessa realidade e com a globalização musical, simplesmente foram incrementados outros estilos para atender outros públicos que também merecem curtir o festival. O Roberto Medina, dono da situação, poderia facilmente fazer a maior micareta do mundo, o maior festival de Black music e tal, porém, ele já tem uma marca pronta, onde basta encaixar as atrações. E foi o que ele fez. É simples entender. Dentro disso, ele trabalhou a idéia do Rock in Rio ser o maior festival de música do mundo e não de rock. Simples.
Outra para a turminha do “cole isso no seu mural” que reivindica AC/DC no carnaval: não esqueçam que muitos nomes importantes do rock nacional se apresentam em festas de peão. E principalmente para quem é do interior, como eu, tem o feito como oportunidade rara de ver o artista que curte naquele evento. Só para ilustrar, o 1º show do Skank e Capital Inicial (ambos em 2004) que fui, foi em feiras agropecuárias.
Outra coisa que me atento e já faz um considerável tempo, é essa coisa do cara não gostar do estilo da Ivete ou Sandy, por exemplo, e sair falando que elas cantam mal. Já dizia o filosofo esportivo Joares Soares, o China: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Eu não gosto das músicas da Sandy, mas daí dizer que a menina canta mal, não dá. Canta e canta muito. O mesmo é a Ivete. Não é o tipo de cantora que ouço e reflito a vida no meu quarto, mas a Ivete canta mal por isso? Claro que não. Apesar da voz exageradamente tremida (de propósito) me rendo ao talento da mulher. A forma como ela cativa o seu público, é digna de qualquer nota. Gostando ou não de sua música.
Então turminha do “cole isso no seu mural” anti axé no Rock in Rio, lembrem-se: o Rock in Rio é “apenas” o nome que se dá ao maior festival de MÚSICA do mundo. E na fase atual, explora os estilos musicais variados, usando a marca Rock in Rio.
E não esqueça principalmente você do interior, que em uma festa de peão é muitas vezes a nossa grande chance de vermos um artista do nosso rock se apresentar e que se resolverem levar ao pé da letra a situação, pode preparar o bolso, pois ir ver os caras tocar em capital fica caro.
Obrigado.
Em tempos de Rock in Rio (no Rio de Janeiro) é rotina comentários sobre O EVENTO. Sim! O EVENTO com letras maiúsculas.
E entre os incontáveis comentários, um me chamou atenção. Inclusive, vai além do próprio Rock´in Rio. Descapenga também pelos comentários e popularização maldita do facebook, por seres orkutianos e desentendidos de redes sociais, que querem e podem e acham que rede social pode se falar o que quer.
Já saturou essa babaquice de “cole isso no seu mural”. E é sempre dos seres migrados do Orkut ou que iniciam agora numa rede social. Dentro dessa idiotice, eis que os seres colam no mural do ex fantástico mundo do facebook: “Ivete Sangalo e Claudia Leite no Rock in Rio 2011. Se você é a favor de AC/DC, Capital Inicial, Guns n' Roses, Metallica no Carnaval 2012, cole isso no seu mural”.
Além da saturação do “cole isso no seu mural” a frase retorceu meu cérebro para outros ângulos.
Há algum tempo atrás, também tinha que algum programa de TV, rádio ou um evento tinha que ser ao pé da letra, melhor, ao pé do nome. Ter que justificar o nome.
Mas vi com o tempo que o nome é apenas o ponto de referência. Ou no extinto e saudoso “Programa Livre” era tudo livre? Claro que não! Ou o “Jô Onze e meia” era em cima da pinta? Ao contrário, tanto que acabou virando uma brincadeira séria, começar o programa ou mais cedo ou mais tarde em relação a este horário. O nome e deslocação de horário referente rendiam piadas e boas risadas, típico marketing “Silvio Santiano”.
Indo agora para os eventos, vou lembrar a turminha do “cole no seu mural” contra Claudia Leite e Ivete no evento pelo motivo de ser axé e o nome ser “ROCK in Rio”, que o festival em primeiro lugar é um negócio de lucros e não para fazer a vontade de roqueiros famintos. Em segundo lugar, já não dá para fazer um festival como em 1985 e 1991 com atrações fodonas como nos respectivos anos. Admitam: o rock não é mais o mesmo.
Em terceiro lugar, dentro dessa realidade e com a globalização musical, simplesmente foram incrementados outros estilos para atender outros públicos que também merecem curtir o festival. O Roberto Medina, dono da situação, poderia facilmente fazer a maior micareta do mundo, o maior festival de Black music e tal, porém, ele já tem uma marca pronta, onde basta encaixar as atrações. E foi o que ele fez. É simples entender. Dentro disso, ele trabalhou a idéia do Rock in Rio ser o maior festival de música do mundo e não de rock. Simples.
Outra para a turminha do “cole isso no seu mural” que reivindica AC/DC no carnaval: não esqueçam que muitos nomes importantes do rock nacional se apresentam em festas de peão. E principalmente para quem é do interior, como eu, tem o feito como oportunidade rara de ver o artista que curte naquele evento. Só para ilustrar, o 1º show do Skank e Capital Inicial (ambos em 2004) que fui, foi em feiras agropecuárias.
Ou Rock pode tocar em festa de peão e axé não se pode tocar no Rock in Rio? Cadê a liberdade de expressão, de direitos que tanto se fala no rock? Roqueiro que tanto se fala de preconceito, sendo preconceituosos? É... os fãs do rock, também não mais como antigamente.
Não quer dizer que não se pode achar que ambas cantam mal. Claro que sim. Mas coma argumentos para isso. Porque falar que elas cantam mal pelo fato de não gostar do ritmo não é de considerar.
Então turminha do “cole isso no seu mural” anti axé no Rock in Rio, lembrem-se: o Rock in Rio é “apenas” o nome que se dá ao maior festival de MÚSICA do mundo. E na fase atual, explora os estilos musicais variados, usando a marca Rock in Rio.
E não esqueça principalmente você do interior, que em uma festa de peão é muitas vezes a nossa grande chance de vermos um artista do nosso rock se apresentar e que se resolverem levar ao pé da letra a situação, pode preparar o bolso, pois ir ver os caras tocar em capital fica caro.
Esse você concorda com este texto, cole o link no mural de seu facebook. Se você não é a favor deste texto, também cole o link disso no mural do seu “face” e divulgue o blog.
Obrigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário