quinta-feira, 28 de maio de 2009
Abri a porteira 1
No último sábado (24) li na primeira página de um site na internet sobre a tragédia de Jaguariúna, onde 4 pessoas morreram pisoteadas e segundo a informação que li, mais de 500 ficaram feridas.
Na hora me indignei. Me veio uma dor instantânea quando me imaginei ser parente de alguma das vítimas.
E pior: os poderosos que estão atrás da organização desses eventos, no máximo respondem a algumas audiências e pagam lá uma certa grana, que para eles não é nada. E que para o grande público parece ser algo gigantesco (lei do dominante e dominado).
Não vou aqui entrar na questão de ser contra ou não festas de peão. Mas que não curto rodeio, não curto não. Uma festa agropecuária sem rodeio seria bem mais saudável, principalmente para cavalos e touros.
É um assunto que vai longe. Certamente, terá quem não concorde comigo por achar que festa de peão de boiadeiro sem rodeio não é a mesma coisa. Como terá os que são da minha opinião.
As opiniões também se dividem entre os artistas. Pessoas conhecidas em nosso país travam batalhas opinativas em relação a tal evento.
Rita Lee é quem começou a polêmica ao negar o convite de uma grande festa. E não fez show e ainda por cima, soltou o verbo e mostrou toda sua indignação contra rodeios.
Chico César fez até música contra esse tipo de modalidade esportiva. “Eu odeio rodeio” protestou o compositor em versos e melodia.
Outra personalidade declarada inimiga do “segura peão” é Adriane Galisteu.
Estaria aqui sendo um hipócrita se dissesse que não vou em festas do gênero. Já fui e continuarei indo, pois ao contrário do que alguns já me disseram, não penso que estou contribuindo para o sofrimento dos animais não. Porque em uma festa do tipo, há outras várias atrações, embora não seja chegado em quase nenhuma, exceto alguns shows, mas além das atividades que eles chamam de esportivas, eu chamo de toscas e covardes, o restante é uma exposição “como outra qualquer”. Guardadas inúmeras e distantes proporções.
Além disso, tem a questão dos shows, que é onde realmente queria chegar.
Se por um lado, existe por parte a revolta pelos rodeios, por outro pode ser a única chance de se ver um artista que jamais se teve a oportunidade de ver.
É inegável que as festas agropecuárias facilitaram muito nesse aspecto. E aí que questiono um pouco a decisão de Rita Lee. Tudo bem que ela está defendendo um ato que considera ilegal, mas por outro ao meu modo de ver, por mais que seu nome engrandeceria um evento de sua não simpatia, muitos fãs que jamais tiveram e possam ter a chance de ver uma apresentação sua, que não seja em uma festa de peão.
Se o triste fato não acontece em Jaguariúna muitos veriam nada mais que o Rei se apresentar.
É minoria quem vai interessado nos bois, vacas e peões.
Ou você acha que todo mundo que vai em uma festa dessa é porquê gosta? Óbvio que não. A grande maioria vai por que é festa. Não interessa se é rodeio ou carnaval, o que interessa é que é festa. Eu sou um exemplo que prova e comprova isso.
Poderia assim, a Rita Lee, se apresentar como o Capital faz, e se eles tivessem a mesma atitude da roqueira, eu não teria visto ainda um show deles. Nunca coincidiu um show da banda em uma festa que não de peão, que eu tivesse grana ou tempo para ir. Quando não era um, era outro.
Esse primeiro post a respeito do assunto rodeio foi mais para opinar sobre a questão dos artistas em relação ao seu público. No próximo, não serei tão bom com o pessoal do meio não.
Irei “cavucar” toda podridão que existe entre organizadores e donos de empresa de comunicação na realização e divulgação de uma exposição agropecuária e eventos em geral.
É claro que existem as excessões.
Seguuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa meu povo!!!
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