sábado, 21 de março de 2009

Convivência

Esta semana foi daquelas em que você fica feliz e triste. Tudo ao mesmo tempo. Quem ocasionou tal sensação, é a Clarice, ex copeira da rádio (Onda Sul Fm).

Eu sou daqueles que faz o inverso da coisa. Ao invés de aproximar dos “mais mais”, gosto de ficar com a galera da "bagunça. Aqueles que cantam pelos corredores da empresa, te chamam de apelido, te zoam um pouquinho, e lógico, uma zoadinha com alguém faz parte do requinte.

E para esse tipo de atividade, com quem mais tinha afinidade era com a Clarice. Conheço ela desde 2002. Ficamos mais próximos um ano depois, quando por acaso, comecei a namorar sua sobrinha e mesmo com o fim do relacionamento, não deixamos de nos falar.

A partir de 2006, quando saí da Nova Onda FM, rádio comunitária que fica no mesmo prédio da Onda Sul, aumentamos ainda mais o convívio. Porque ficava quase o dia todo na emissora, e viciado em café que sou, toda hora estava eu na copa para tomar o cafezinho da Clarice e bater um papinho com ela. E assim foi durante 2 anos.

Não posso deixar de destacar um episodio chato e ótimo que a Clarice me fez passar. Em 2007, mas precisamente no dia 28 de novembro. Eu estava tenso ao extremo. Primeiro porque o Corinthians (o blogueiro é corinthiano fervoroso) tinha um jogo decisivo contra o Vasco pelo campeonato brasileiro (o restante da história prefiro nem comentar... pode rir aí anti-corinthiano, eu sei que você gostou de ler isso) e segundo porque no outro dia era aniversário da minha namorada (na época, hoje ela já é ex) que por sinal também é corinthiana (e fervorosa!). E eu estava naquela ansiedade que homem que gosta sempre tem quanto ao presente que vai dar. Fica aquela coisa: "será que ela vai gostar"?

Pois bem, nesse dia senhorita Clarice (na verdade foi antes) meio que não explicou muito corretamente o que havia dito para ela em relação ao meu namoro. Resumindo: ela disse para não sei quem, e não sei quem contou para a minha namorada (hoje ex, repito) que namoraria até ir embora. Resumindo mais uma vez: discutimos, e eu muito nervoso, peguei uma caneta e um papel. Obrigado Clarice, se não fosse tal distorção de assunto, não teria escrito algo tão louco. Um poema daqueles, que até hoje olho e não acredito que eu que escrevi e agradeço Clariçoca pela contribuição sem querer. Só não publico aqui, pois ainda não registrei essa obra de arte (aí já exagerei também). E nessa história o “engraçado” é que quem acabou indo embora foi a minha ex. Vidinha malucona essa nossa!

Fiquei um pouco afastado dela, por um bom tempo não frenqüentei a copa para tomar um cafezinho. Mas passou. Tudo foi um mal entendido. Depois disso, nosso convívio ficou ainda melhor. Até mesmo no período em que tive fora da emissora (fevereiro a novembro de 2008).

Então deixa eu ir para a boa notícia, que é uma má notícia também. A boa é que a Clarice arrumou um emprego melhor. Vai ganhar mais e trabalhar menos (ela merece!), mas o ruim é que ela óbvio, deixou a rádio. E meu cafezinho na medida? E as prosas? E as bobeiras que falávamos? Com quem desabafar das minhas contas para pagar? E as bagunças do final de semana, para quem contar primeiro agora?

Sensação louca de felicidade e tristeza. Vi ela indo para seu novo emprego esta semana, e ela também foi na rádio falar um oi. Quanta alegria..., que vibração maluca. Xô egoísmo. Fiquei muito feliz vendo ela daquele jeito.

Mas agora ela vai ter que me agüentar pelo menos uma vez ao mês em sua casa, pois vou ter que tomar o cafezinho da Clarice.

Estendo um pouco o assunto convivência, porque lembrei da minha com o Éder Vinicius. Lá no comecinho de 2002, não nos suportávamos. Dois pirralhos com menos de 20 anos (eu nem 18 tinha) se esganando em palavras.

O tempo passou. Ainda bem! Hoje considero o Éder uma das melhores pessoas para se conviver. Tanto no trabalho quanto fora dele. É de uma prestação incrível. Precisou, ele da um jeitinho. Impressiona! Só quem realmente vive em seu dia-a-dia para entender o que falo. E pela competência, tanto pela música, quanto para o rádio, é uma figura rara em simplicidade. Diria Galvão Bueno: "quis o destino". É, ele quis (para quem acredita em destino, não é o meu caso) eu e Éder trabalhando juntos. Dividimos uma hora de programa na principal rádio sul mineira. Um desentendimento ali, outro aqui, o que é normal quando se busca o melhor. Mas a cada dia admiro mais o profissional e ser humano que ele é. Percebo que diariamente estamos mais entrosados, tamanha é a harmonia que rola entre nós dois (ficou meio suspeito isso, mas digo profissionalmente). Posso dizer que: torço e gosto muito desse cidadão. Minha mãe sempre me fala: "quem diria" e ri.

É interessante observar como uma boa convivência, seja ela com quem for, faz bem para gente. Aqui citei exemplos apenas de um dos meus trabalhos. Mas aí tem, faculdade, botecos, visinhos e por aí vai...

Boa sorte Clarice!

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