segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Dia do Hexa do Mengo

Voltando depois de mais de uma semana. Mas desta vez não foi falta de tempo, foi preguiça de escrever mesmo.

Se fosse contar tudo em um post o texto ficaria gigante. Então resolvi fazer duas postagens para facilitar os olhos.

Nesta postagem o destaque é o título do mengão. Time que cada vez mais vai sendo o meu segundo time.

Se eu já tinha uma simpatia pelo rubro-negro, depois que me tornei amigo do Cassinho essa simpatia aumentou. Desde de 2001 sempre comemoramos os títulos tanto do Coritnhians, como do Flamengo juntos. Este ano não foi diferente.

Nos estaduais e depois Copa do Brasil e agora para fechar este puta ano futebolístico para os dois clubes, a conquista do brasileirão pelo mengo.

No início do jogo eu estava torcendo, mas frio, tranqüilo. Registrando apenas o drama do Cassinho. Veja:

Momento em que o Flamengo perdia e o Inter estava sendo o campeão


Mas a agonia, era tanta da parte dele, que resolvi respeitar o momento e também comecei a ficar muito nervoso. Me coloquei no lugar dele. Passei por isso em 98 contra o cruzeiro. Era a primeira vez que veria o timão campeão brasileiro. E a mesma expectativa era a que o Cassinho vivia.

Segundo tempo de desespero ao quadrado.

Na minha cabeça só passava coisas ruins do tipo: e agora se o flamengo não vencer? O que eu vou falar? O que vou fazer?

Ufa! Goooooooooooooooooooooooooooollllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll do flamengoooooooooooooooooooooooooooooooo!!!

Ainda bem que tinha guardado câmera fotográfica e o celular. Pois o Cassinho por mais um pouquinho derrubaria a casa. Mas no chão ele me jogou. Meu pai também foi vítima da euforia do cidadão, ele ergueu meu velho no teto. Minha mãe bem mais esperta que nós, saiu correndo sem que ele percebesse.

Meu alívio e felicidade viraram espanto. Mas completamente entendível.

Mas sinceramente, depois torci muito para que o flamengo não fizesse mais gol. Mas que não tomasse também, claro. O final do jogo já seria muito.

E foi mesmo. Fim de jogo, de campeonato e de fila para o mengão. 17 anos depois a maior torcida do mundo comemora um título brasileiro. E o Cassinho apavora de novo. Dessa vez meu pai também vazou. Sobrou pra mim. Mas aí já estava preparado.

Hora da carreata. Vesti a camisa do flamengo que ele me emprestou, peguei a bandeira do coringão, montamos em sua moto e fomos para farra.

Que coisa magnífica. Até ônibus alugaram. Sou corinthianissímo, mas admito que ao menos aqui na minha cidade, os flamenguistas estão bem na nossa frente na questão de fazer barulho.

Mas ao mesmo tempo, perdem na questão de espírito. Ignorância ardente de alguns. Julgar todos por causa desses bestas também não seria justo.

Alguns me xingando por causa da bandeira, outras mandando o Corinthians se fuder (esqueceram da nossa ajudinha em campinas), e dizendo que eu não era torcedor.

Engraçado alguns brasileiros. Eles acham que torcer é ter a exclusividade da festa na hora de comemorar uma conquista. Só quem ganha pode participar. Depois ainda querem criticar argentino, dizendo que não tem espírito esportivo. Olha só quem fala.

Qual o problema de um cidadão está com a camisa do Flamengo e bandeira do Corinthians? Sendo que não há nenhuma rivalidade entre as duas equipes. Ao contrário até.

E se fosse à de um rival como o Vasco? Qual seria o problema de entrar no meio da festa? O que é mais importante: a valorização de um ser, ou de um escudo, onde quem tá por trás de tudo, nem sabe que existimos?

Importante: o mesmo acontece com alguns corinthianos também. Se fosse nossa a conquista, alguns teriam essa mesma atitude idiota. Infelizmente ocorre com todas as “torcidas”.

Conversando com um conhecido flamenguista na hora da farra, ele achando aquela minha atitude muito engraçada, comentou com um outro flamenguista, e este disse: “fraquinho, você é um torcedor fraquinho”. Que dó que deu. Nem perdi meu tempo para falar com esta besta redonda. Até porque, ele é um torcedor magnífico, de ignorância, é lógico.

Voltando para parte boa da festa, aliás, esta foi a melhor.

Congestionamento na hora da carreata. Eu me distraio com a bandeira e fico olhando para um lado, meio até que distraído. Quando sinto alguém puxando a minha bandeira. Achei que fosse uma dessas antas fazendo graça, mas era um “simpático” cachorrinho. Tive que descer da moto e brigar com ele uns segundinhos para recuperar minha banderola. Eu no espírito da brincadeira o chamei de cãozinho palmeirense, mas as bestas, falaram que ele era flamenguista e não queria a bandeira do Corinthians lá.

Resolvemos sair do tumulto e ir para o bar do Marinho. Por sorte estávamos em velocidade inspirada em Rubinho Barrichello, e um conhecido em seu carro também. O Cassinho vai atravessando (estava certo), e o carro passou direto na esquina. Tentei desesperadamente avisar o Cassinho, mas tarde demais. Bummmmmmmmm, batida inevitável.

Na hora que vi que bateria e durante a queda, consegui ainda pensar: “será que vou sobreviver”?

Já no chão, vi que estava vivo, preocupei com o Cassinho, pois, vi ele rolando. Chamava, chamava e chamava e ele nada de responder. Com muito custo, acho que a ficha dele caiu (assim como ele caiu) e enfim respondeu dizendo que estava bem.

O Csssinho machucou as costas de leve e eu ralei meu joelho esquerdo. Mas nada de mais, recupero bem até o carnaval.

Só por coincidência: a batida foi na porta do cemitério.

Depois do ocorrido, eu, Cassinho e o cara que bateu na gente, fomos tomar uma cervejita, para comemorar a conquista do flamengo.

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