“Tempo tempo mano velho
Falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio”
Durante os dias da semana que passou lembrei deste trecho da música do Patu Fú (a letra é do John, guitarrista da banda). Fiquei imaginando quando vou tirar férias de tudo. Faculdade, trabalho, projetos e até sonhos (sonhar também cansa). Última vez que isso aconteceu comigo foi em setembro de 2007. Um mês, sem fazer e pensar em absolutamente nada. Pena que foi em um mês meio vago, mas o importante foi não se preocupar com nadinha. Mas como nem tudo são flores, já diz o ditado. No mês seguinte tinha uma grande micareta para ir (não é meu estilo de som favorito, nem ouço em casa normalmente, mas me atraí de um jeito que não sei explicar. Adoro micaretas!), nem curti o dinheiro para uma viagem. Por isso acabei ficando em casa.
Viagens, praias, dinheiro de sobra. Quando? Será? “Tempo tempo mano velho. Falta um tanto ainda eu sei. Pra você correr macio”.
Partindo disso, entro em uma outra questão. Já há um bom tempo, venho percebendo que essa historia de que cidade do interior é sossegada, não é preciso pressa e o sono é tranqüilo. É mais um estereótipo. Falo por mim, pelos meus pais e pelos conhecidos. Já cheguei ficar uma semana sem ver meu pai. Quando ele saía, eu estava dormindo e vice versa. Uma loucura!
Talvez se pense assim, pelo fato de nós do interior, não termos um transito infernal como de São Paulo, por exemplo. Ou de ainda não nos preocuparmos com a violência (embora, infelizmente a situação já não esteja tão confortável mais) e de não ter caído ainda à ficha da tal concorrência. Mas eu já estou com os olhos abertos para todas essas realidades da cidade grande. O transito é ainda o que menos me preocupa. Mas violência e concorrência me assombram. Pra essas já peguei minha armadura para defender-me.
Então, visão diferente para cidades do interior. Por enquanto, tranqüilidade só no trânsito. Porque nos negócios a correria é digna de metrópole.
Em tempo: acabei de lembrar. Dia 12 de janeiro, Nando Reis (gênio!) faz aniversário. Lembrei do 1º cd solo dele, intitulado com o nome da data de seu niver. Um álbum muito bom de se ouvir. Sempre que o ouço, me sinto mais família, sinto necessidade de sair na rua e admirar o universo de uma maneira sensata.
Mas ultimamente a obra de arte do ruivo barbudo que guia minha vida é Sutilmente. Parceria dele com Samuel Rosa. A música é a faixa 8 do cd Estandarte do Skank e conta com mais 3 músicas de José Fernando Gomes dos Reis. São elas: Pára-Raio, Ainda gosto dela e Renascença. Todas em parcerias com Samuca.
Brindo você com a belíssima letra de Sutilmente.
Concordo em gênero, número e grau. Há muito tempo penso o mesmo. Não sei onde fica aquela cidade "bucólica" que muitos insistem em afirmar que existe. Agora, quanto ao trânsito talvez seja uma questão de tempo, dentro de cada realidade é claro...
ResponderExcluirCara, você não imagina como o seu blog me faz bem...
ResponderExcluirÉ sério.
Ass.: Nando R.
(rsrsrs..)